sexta-feira, 29 de abril de 2011

Alunos com Abril!

Uma segunda proposta para pensarmos sobre Abril.
Está é da responsabilidade do Pedro Costa, aluno do 8.º C, da EB 2/3 de Briteiros, com o apoio da professora Ana Cristina Pereira.


Mistérios da escrita


Escrevi a palavra cravo
e logo um cravo germinou.
No meio daquela liberdade,
o certo é que ele brotou.
Era um cravo vermelho,
Assim como é o sangue.
Endireitou as pétalas
e a liberdade apareceu.
Então, nos canos das pistolas
a Revolução se deu.


Pedro Costa, 8º C


Parabéns Pedro!

Olhares em Liberdade... na EB 2/3 de Briteiros!

A mostra de artes plásticas promovida pelo NE25A com um conjunto de amigos e colaboradores Olhares em Liberdade, está patente ao publico na EB 2/3 de Briteiros, até ao próximo dia 4 de Maio. Será a ultima oportunidade para serem vistos um conjunto de trabalhos sobre Abril e a Liberdade, trabalhos que já foram apreciados por um numeroso publico que apreciou estas obras na ACIG e, posteriormente, nos Banhos Velhos ( Caldas das Taipas).

Mais uma vez o NE25A agradece a todos quantos colaboraram para esta Mostra.


Alunos com Abril!

Vamos dar inicio a uma nova rubrica neste blogue.

O " Alunos em Abril", pretende dar a conhecer trabalhos realizados por alunos de difrentes níveis de ensino, sobre a Revolução dos Cravos.
Se é Professor/Educador, trabalhou com os seus alunos os temas que fazem parte do nosso projecto e gostava de os ver publicados neste espaço, não hesite: envie para " ne25abril@gmail.com".

Teremos todo o gosto em publicá-los.
O primeiro desta série, que esperamos ser longa, pertence à Filipa, turma 2, da EB1 de Nogueira ( Braga), sob a orientação da professora Isabel Lages.

Parabéns Filipa!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Conto da Liberdade"... no Agrupamento de Escolas Afonso Henriques!

No seguimento do convite efectuado ao NE25A pelo Agrupamento de Escolas Afonso Henriques, o Teatro de Fantoches do Núcleo esteve hoje nas EB1/JI deste Agrupamento. A peça apresentada foi o " Conto da Liberdade" ( brevemente vamos disponibilizar neste blogue os 2 textos já produzidos para teatro de fantoches).
As representações tiveram lugar na EB1/JI Teixugueira-Silvares, EB1 do Salgueiral, EB1/JI Mascotelos, EB1/JI de S.Tiago de Candoso e EB1/JI do Alto da Bandeira. Assistiram a estas apresentações alunos do 1º ciclo destes estabelecimentos e alguns dos mais pequeninos ( crianças do pré-escolar).

Realçamos a atenção e o dianamismo destes nossos novos espectadores, que levantaram, em alguns casos, questões muito curiosas e/ou comentários bastante assertivos sobre a peça e a questão do 25 de Abril de 1974.




Não queremos deixar passar esta oportunidade para agradecer o convite efectuado pela Directora do Agrupamento, o carinho e atenção com que fomos recebidos por todos os professores/educadoras e, principalmente, a força e a motivação que recebemos por parte destas crianças para continuarmos a desenvolver o nosso projecto.

Uma palavra especial para a Drª Márcia Santos, Coordenadora da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos, pelo empenho e interesse com que nos ajuda a projectar o trabalho do NE25A.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

25 Hora a Hora!

Na crista da onda…

Tinha 9 anos em 25 de Abril de 1974. Recordo-me da felicidade da minha turma da 4ª classe, na escola do Grémio da Póvoa de Varzim (lembras-te Vasconcelos), por nos terem mandado para casa porque “ havia problemas em Lisboa”. Cheguei a casa e a minha mãe (professora do 1º ciclo), já lá se encontrava, absorta a olhar para as imagens que chegavam da Revolução. Assisti a períodos conturbados a nível de luta política (Verão Quente em Braga de 75 e o assalto à sede do PC no Campo da Vinha), mas sem compreender, com alguma certeza, aquilo que ali se jogava.
Só bastante mais tarde, aquando da envolvência com alguns colegas/amigos em Associações de Estudantes do Secundário, em RGAs e, particularmente, em campanhas políticas, me apercebi daqueles que são para mim os valores fundamentais de Abril: Democracia, Cidadania; Solidariedade, Verdade e Conhecimento.
Hoje, casado, com 46 anos, 2 filhos e uma profissão (desculpem mas para mim não é um emprego), fico espantado como em tão pouco tempo (a partir do final dos anos 80), foi possível esquecer tanto e deixar de praticar estes valores. Assisto amiúde, ao que “ hoje é verdade amanhã é mentira”, ao “ não tenho opinião formada”; vejo que lutar pelo que consideramos estar certo (de acordo com as regras da responsabilidade democrática), foi ultrapassado pelo “ Chico-espertismo” e pelo “ safei-me”; agonia-me ver que se hoje apoiamos uma ideia, um projecto, um ideal, também podemos apoiar o oposto imediatamente amanhã (oh santa ingenuidade!). Assim passamos a ter como passatempo nacional, a prática do “ surf” (ideológico porque o outro pode ser mais perigoso), tentando sempre navegar na crista da onda, escolhendo a que nos leve, individualmente, mais longe ou mais perto do que queremos alcançar.
Assim só me resta dizer e mostrar aos meus filhos e aos meus alunos que, ainda acredito, ainda luto e ainda espero ajudar a construir um Portugal melhor.
Quanto mais não seja, devo isso a quem me possibilitou escrever este texto… devo aos capitães de Abril… devo isto ao meu país…devo isto a mim mesmo!

Amadeu Faria (coordenador do NE25A).

25 Hora a Hora!

LIBERDADE

Na cristalina alvorada,
Gritaram vozes de esperança
Acabaram com o fascismo
Essa terrível herança…

Colorida e ruidosamente amanheceu!
Cravos vermelhos, vozes anormais
25 de Abril sempre ….
….Fascismo nunca mais!

O tempo foi decorrendo
Com fervor e alegria
A liberdade chegara
E já nada a denegria.

Esqueceram-se, porém,
Que tal como uma flor
É preciso cultivá-la
Acarinhá-la, dar-lhe amor!

Acordá-la todos os dias,
Acompanhá-la, dar-lhe a mão.
Partilhá-la com os outros,
Senti-la no coração!

Só ela nos mostra caminho
Nos conduz a opções.
Ensina a fraternidade
E remete às decisões.

Leva-a sempre para onde fores
Aprecia-lhe o sentido.
Sem ela te sentirás refém,
Fracassado e oprimido.

Colora-a de mil cores,
Dá-lhe um timbre harmonioso.
Envolve-a em belas palavras
Solta-a em dia ventoso.

Assim gritarás LIBERDADE
A partilharás em união
Com o exultado empenho
De a devolveres à nação.

Lucinda Palhares, Professora

25 Hora a Hora!

Liberdade!

Depois de 48 anos de opressão por um regime ditatorial e muito centralizado pelo governo, Abril de 1974 ofereceu-nos LIBERDADE!
Foram dias de muito encanto, beleza e até inocência que, em boa parte se terão perdido.
Mas muito ficou. Ainda temos LIBERDADE, ainda temos DEMOCRACIA. Como presidente de uma Junta de Freguesia, quero destacar a maior conquista democrática de ABRIL, PODERMOS ESCOLHER QUEM NOS DIRIGE, contribuindo assim para o nosso futuro colectivo. No Poder Loca l (Câmaras e Juntas de Freguesia) também. Esta possibilidade de poder eleger e ser eleito é, para mim, primordial. E é através das Autarquias Locais que nos pós Abril, o País dá o grande salto quantitativo e qualitativo no seu desenvolvimento. Estas têm bom conhecimento do seu território, das carências, necessidades e anseios das suas gentes. A proximidade entre eleitos e eleitores responsabiliza uns e outros.
Hoje comemoramos o 37º aniversário de Abril ainda em período Pascal, em que se celebra a libertação do Homem velho e o advento do Homem novo. Também na política, na vivencia da nossa Liberdade de Abril e no exercício da nossa cidadania, temos de nos libertar… do alheamento, da indiferença e dos interesses pessoais e pensar no bem comum.
LIBERDADE também é responsabilidade e apesar de nem tudo ter corrido bem e vivermos hoje uma situação que nos preocupa a todos, vale a pena continuar a celebrar Abril.

Américo Freitas, Presidente da Junta de Freguesia de Barco

25 Hora a Hora!

Parece que houve uma Revolução….!!!

Vi, naquele dia, a minha mãe entrar em casa, ansiosa e perturbada. Tinha escutado na padaria que parecia ter havido uma revolução. Comentava-se no quiosque do Senhor Vítor e lá, já estavam atentos ao “transístor”, o senhor Manuel da Mercearia e o dono da Pastelaria do Bocage. Eram 7.30 da manhã, arranjava-me para iniciar mais um dia de estudos, no Liceu Rainha Santa Isabel.
Vi, o meu pai a ligar, imediatamente, a rádio cedendo ao pedido da minha mãe. Os comunicados do MFA a sucederem-se e a repetirem-se, nas várias estações. Nós incrédulos, a medir palavras, sons e músicas que dali vinham, a comprovarmos se, na verdade, estava a acontecer uma Revolução. A emoção começava a tomar conta daquela casa. Não mais esqueço o brilho nos olhos do meu pai.
Vi a Reitora do meu Liceu, apavorada e meia atarantada, a dar ordens aos contínuos do Liceu, para fechar as portas e não deixar entrar nenhuma aluna. Percebi que a situação era “muito séria” e a Revolução estava a marchar. A Reitora nunca fora mulher, para ficar naquele desalinho!
Vi na rua do Heroísmo, junto da Delegação da PIDE/DGS, por volta das 12.30, algumas pessoas, de olhares tímidos, a mirar o edifício. Outras disfarçavam a sua presença e entravam no cemitério do Prado Repouso. Aquele era o pior local da cidade, para o meu pai. Todos os anos, renovava lá o seu passaporte e houve algumas circunstâncias na sua vida que ali permaneceu, horas a fio, a ser interrogado. No dia 26 de Abril, aquela praceta e parte da rua do Heroísmo converteu-se num clamor à liberdade.
Vi, ao portão, desse edifício uma senhora a falar de forma expedita e calorosa com os militares. Era a Engenheira Virgínia de Moura, ex-presa política e grande figura antifascista da cidade do Porto.
Vi a Praça da Liberdade, durante a tarde do 25 de Abril a encher-se de gente e a polícia, desamparada e pouco confiante é certo, mas ainda a investir sobre a multidão sobressaltada, embora os comunicados do MFA apelassem à calma e à não-violência. Muitas palavras de ordem soltaram-se na praça, naquele dia. Todas distintas e gloriosas. Ao fim da tarde, a chegada de militares e uma toada de assobios arrastou a polícia do local. A liberdade estava a passar por ali. O fascismo definhava e um novo futuro despontava. Tinha dezasseis anos e estava deslumbrada.

Manuela Martinez, Professora

25 Hora a Hora!

Parque Livre

Gritavam um com o outro como se a vida de cada um dependesse da vontade que tinham de falar mais alto. Assistia a esta cena enquanto mastigava a minha sandes na hora do almoço. Tanto quanto pude perceber, um dos homens estacionou num lugar que o outro se preparava para tomar. A discussão decorreu mesmo havendo outros lugares livres, onde cada um poderia estacionar.
O mais exaltado (aquele que tinha ficado de fora) era um homem de ar atlético, teria uns 30 anos. Chamava-se M e trabalhava por conta própria a recibos verdes. No seu entender aquele era um abuso que não poderia permitir. Sentia-se ameaçado, desrespeitado. Não era tanto pelo lugar em si que ele discutia, mas sim pela atitude do outro. Tanto que não reclamava o lugar de volta.
Aquela manhã M tinha-a passado numa repartição da Segurança Social para regularizar a sua contribuição. Pagar o que ali lhe pediam era como quem ia arrancando cada um dos seus dentes impecáveis. Um a um. Mas não tinha escolha. Ainda por cima aquilo que ia ganhando esporadicamente mal dava para pagar um apartamento alugado nos arredores da cidade.
M era mais uma peça na engrenagem e tinha que cumprir as suas obrigações para poder ser parte de um corpo que era maior que o dele. Chegava ao fim do mês com o dinheiro contado. Isto nos melhores meses, porque muitas das vezes lá tinha que pedir ajuda aos pais.
Participava religiosamente em todos os sufrágios eleitorais. Tinha sido um hábito que o pai lhe tinha incutido, dizendo que aquele era um direito conquistado à custa do sacrifício de muita gente. M não percebia muito bem aquilo primeiro porque não teve lutar para poder votar e depois porque, daquele acto, não vislumbrava qualquer efeito relevante que melhorasse a sua vida de uma forma prática.
O sonho de M passava por continuar a estudar e especializar-se na sua área. Esse era um projecto que ia sendo adiado. Independentemente de tudo, acreditava convictamente que um dia teria estabilidade suficiente que lhe permitisse algum conforto, ter uma família. Acreditava num país mais justo e equilibrado, em que o esforço para que isso acontecesse fosse repartido por todos, sem que houvesse quem atalhasse caminho.
Aquela atitude que viu passar à sua frente no parque de estacionamento, era mais uma ameaça para tudo aquilo que lhe passava pela cabeça neste momento. Apesar de tudo poderia sempre escolher porque continuava a ter liberdade para isso. Tinha a liberdade para poder fazer com que as coisas fossem diferentes e tinha também a liberdade para esquecer todas as injustiças que, achava ele, lhe eram infligidas. Contudo e bem lá no fundo, não se sentia livre porque todas as suas decisões eram constantemente condicionadas por decisões de outros.
O homem com quem M discutia saiu do carro descomprometido. Carregou no comando do carro sem olhar para trás e fez com que as luzes amarelas do carro piscassem duas vezes. M ficou nas suas costas de braços caídos enquanto o outro se afastava. A sua vontade era começar uma revolução ali mesmo. Eu terminei a minha sandes e saí, tranquei igualmente o meu carro e voltei ao trabalho.

Paulo Dumas

25 Hora a Hora!

E ainda cá está!



Este país é mais pequeno que uma caganita de cabra, mas tem quase mil anos. Abana, estremece, balança mas não cai. Já teve dezenas de governos VERDADEIRAMENTE incompetentes e corruptos, já sofreu tantas invasões, guerras civis, revoltas, revoluções e golpes de estado que nem dá para fixar na memória. Contraiu, logo à nascença, a sua primeira dívida externa, pela autenticação papal da sua certidão de nascimento, que nunca pagou. Fechou sempre com bancarrotas estrondosas os seus períodos áureos de abundância, pompa e desperdício. Sujeita-se, desde o berço, a um saque sistemático conduzido por inimigos internos e externos. Já penou sob a liderança teórica de bebés de colo, senhoras viúvas que nem falavam português e até de alienados mentais. Sofreu e sacudiu com determinação o jugo de protectorados internacionais.
E AINDA CÁ ESTÁ.
Outras nações, bem maiores e mais poderosas que nós, sucumbiram por menos doenças. Ora, no meio deste arraial de desgraças a gente construiu um império gigantesco espalhado por quatro continentes e que durou qualquer coisa como cinco séculos. É que nós temos um segredo que nem o FMI conhece nem poderá confiscar. SOMOS DO CARAÇAS! Sempre em pé, prontos para outra.
A gente chora, lamenta-se, acusa, penitencia-se mas aguenta, sempre na esperança de melhores dias. Depois reage, sacode a inércia e avança corajosamente para a luta.
Movemo-nos a esperança.

Geraldo Lages

25 Hora a Hora!

Caminhos da Liberdade


Motivado pelas problemáticas actuais em torno da noção de cidadania, pareceu-me importante reflectir sobre a prática, nos últimos 37 anos, de uma das principais conquistas da Revolução dos Cravos: a Liberdade.
A Liberdade não é um conceito abstracto, traduz-se em percursos de vida, em escolhas conscientes e responsáveis, enquadradas em contextos espacio-temporais específicos. O valor que lhe é atribuído e o modo como é exercitada pelos cidadãos no seu quotidiano traduz os níveis e a qualidade da participação democrática.
Logo após a Revolução, a Liberdade foi apregoada, cantada, recitada e pintada nos murais. Adquiriu o seu verdadeiro sentido porque era desejada, sentida e partilhada. Era uma Liberdade vivida na consciência do querer Ser. Era o grito de revolta de “vozes sufocadas” pela opressão, pela censura e pela guerra. Não constituía apenas um ideal, era um projecto colectivo e mobilizador que se concretizava numa intensa participação cívica.
Hoje pensamos pouco sobre valor da Liberdadee, paradoxalmente, ela nunca foi tão observada. Depois de 37 anos a construir democracia, ela está no nosso âmago, faz parte do código genético dos portugueses. É vivida, explorada mas, com alguma frequência, é transgredida porque não é suficientemente pensada e sentida. Lamentavelmente, temos cada vez menos consciência da importância de sermos Livres.
A Liberdade, enquanto valor e praxis, está em crise pelo efeito conjunto e complementar do conformismo e da crescente desresponsabilização relativamente aos problemas colectivos e o efeito manipulador que diariamente os órgãos do poder e os media exercem sobre os indivíduos, refreando o seu sentido crítico e a sua capacidade de escolherem conscientemente.
Num conformismo conveniente, aceitamos como verdadeira a ideia, muitas vezes propagandeada pelos detentores do poder ou pelos construtores da opinião pública de que os cidadãos não têm, só por si, a capacidade para mudarem o rumo das coisas e que devem confiar apenas aos representantes dos partidos políticos a tarefa de governarem, revezando-se no Poder.Esta situação agrava-se quando os indivíduos se prendem a rotinas e a preconceitos ideológicos que asfixiam a sua capacidade de escolha. A fidelização a um partido político faz-semuitas vezes numa lógica clubística, ou então, como numa religião, é encarada como um acto de fé.Nesta perspectiva, se os líderes desse partido, uma vez no governo, cometem os mais graves erros de governação, encontra-se sempre uma justificação que os iliba de culpas. Ora, a verdadeira Liberdade consiste precisamente em decidirmos de modo racional, consciente e autónomo sobre o próprio futuro e o da comunidade local e global, depois de ouvir os outros, mas sem estarmos presos a condicionamentos, a lógicas de grupos ou clientelas.
Os défices no exercício da Liberdade são visíveis na fraca participação política da maioria dos cidadãos. Para estes, a actividade política é encarada com desencanto. Limita-se cada vez mais ao voto e, mesmo aqui, as elevadas taxas de abstenção parecem demonstrar que a escolha dos nossos governantes é, para muitos portugueses, um assunto secundário nas suas vidas. Não é a escolha daqueles que nos governam um dos mais significativos actos de Liberdade?
A Liberdade implica caminhos. Como escreveu Antoine de Saint-Exupéry, “não há liberdade a não ser a de «alguém» que vai para algum sítio. Libertar [um homem] seria mostrar-lhe que tem sede e traçar o caminho para um poço. Só então se lhe ofereceriam possibilidades que teriam significado.”[1]Ora, na década de 70, os homens lutaram pela Liberdade porque sabiam que ela era garantia do futuro. Com ela era possível percorrer os inúmeros caminhos que Abril abriu (tantos quantos os ideais).
Hoje a situação é bem diferente. Portugal é um país que parece ter perdido o rumo. Faltam oportunidades para a realização plena dos indivíduos. Os caminhos são poucos, estreitos, sinuosos e alguns sem saída. As oportunidades de afirmação da individualidade são ínfimas. A autonomia e a criatividade dão lugar à dependência e ao clientelismo. O indivíduo torna-se submisso aos detentores do poder; vendeos seus ideais e sacrifica a herança de Abril por um rumo incerto,imposto pelos outros para os servirem. São as “gerações à rasca” que não encontram os seus caminhos porque perderam o sentido da Liberdade, da Autonomia, mostrando-se incapazes de construírem o seu próprio destino no país que os viu nascer.

Américo Costa, Professor
[1]Antoine de Saint-Exupéry, in 'Piloto de Guerra'

25 Hora a Hora!

Dois momentos, um só percurso -25 de Abril de 1974 como marco.

Antes…
Moçambique 1966 – 1974
Calor, pés descalços, muitas viagens, muita cor, um único sentido de família.

Depois
Portugal 1975…
Frio, contenção, novos amigos, nova escola, pouca cor e mudanças familiares.
A vida embalou-se numa mudança de continentes marcada pela descolonização.
A vida transformou-se numa mudança de vida marcada pelo termo “retornados”.
A vida foi sentida e ”ressentida,”face a um país que não era o meu, mas que aprendi a sentir como tal e, nele construir, construindo-me numa nova vida que não queria, mas que a história ditou como necessária.
Hoje prezo a liberdade de Portugal,
Vivo a liberdade,
VIVA A LIBERDADE!

Isabel Fonseca, Professora

25 Hora a Hora

A Liberdade devia ser óbvia!



Filha duma geração que nos anos 60 emigrou para fugir à miséria e difíceis condições de vida, tive o privilégio de nascer e crescer em liberdade. Regressada nos anos 80 no rescaldo da revolução assisti à construção da Democracia portuguesa. Dos tempos idos, apenas tomando conhecimento através de relatos depoimentos, leituras, estudos, etc., que me fizeram tomar consciência da antítese deste bem precioso, fundamental e inerente, na minha forma de ver, à condição humana que é a liberdade. O facto de não os ter vivido, fez crescer em mim curiosidade que me levou a descobrir o absurdo e perigo dessas ideologias. Feliz e agradecida por terem sido banidas do país que afinal é o meu.
Esse percurso de felicidade aparece-me hoje um pouco ensombrado quando ouço com cada vez mais frequência em diversos meios, usarem-se expressões como “é anti-democrático”, “é um atentado à democracia”, “é anticonstitucional”, etc. A naturalidade com que são feitas estas afirmações sem qualquer consequência, faz soar em mim sinetas de alerta, pois considero a democracia e a constituição, uns dos garantes da Liberdade. Tais afirmações levam-me a sentir que o meu conforto de liberdade não é seguro. É nesse sentido que considero e defendo que Abril deve ser lembrado e ensinado e até professado. A liberdade não é um dado adquirido temos que lutar por ela todos os dias, é efectivamente inerente à condição humana, mas deve ser namorada, cortejada, para que seja respeitada e perdure.


Armanda Gomes, Professora

25 Hora a Hora!

Não esqueçam…

Há 37 anos fez-se uma revolução em Portugal que mudou tão profundamente o país que hoje temos dificuldades em nos revermos naquele tempo de restrição das liberdades individuais, da prisão sem justa causa, da polícia política, da subordinação dos tribunais e dos juízes ao poder político, dos tribunais plenários, do partido único.
Seria este o momento para informar os mais jovens que não sabem e reavivar a memória dos mais velhos que já esqueceram que este Portugal de há 37 anos era um país triste e cinzento. País de fado, Fátima e futebol. Era um país onde se decretou a utilização de calçado para se ir à escola, ir à igreja, ir a uma repartição pública… Era um país onde o cidadão não estava autorizado a opinar sobre as questões do interesse colectivo… Era um país onde o funcionário público tinha que declarar fidelidade ao regime e onde o estatuto da mulher pouco diferia do das mulheres de alguns regimes islâmicos actuais.
Nesse Portugal as perspectivas juvenis a curto prazo seriam a guerra colonial ou a emigração para fugir à guerra e à fome; Os níveis de escolaridade eram os mais baixos da Europa, o analfabetismo dos adultos o mais alto; não havia um sistema nacional de saúde, nem rede de saneamento, de electricidade e a água não chegava a todo o país, nem mesmo a todas as zonas das grandes cidades; Não existia um sistema nacional de segurança social para protecção à infância, à 3ª idade, aos deficientes; Não havia liberdade sindical, justiça na concertação laboral. Em vez de um sistema de protecção à infância havia o trabalho infantil. A violência doméstica era um conceito desconhecido; a rede de transportes públicos era mínima e insuficiente...
Peço aos jovens que tentem rever-se nessa sociedade a partir deste pequeno apanhado de exemplos e contabilizem as conquistas que a geração do 25 de Abril lhes lega para preservarem, defenderem e continuarem. Pensem que a revolução se fez para devolver aos cidadãos a soberania e que esta implica responsabilidade pessoal, participação activa, espírito cívico porque a democracia nunca está construída, tal como uma casa que está sempre desarrumada e volta a ser arrumada com a participação de todos. Não descansem, lutem e preservem as conquistas de Abril. O futuro faz-se com determinação, honestidade e muito trabalho.

Isabel Lages, professora

25 Hora a Hora!

Vi nascer Abril…



Com 11 anos vi nascer Abril. Vivi anos envolta em cravos e risos de alegria e esperança.
Abril ajudou-me a crescer, ajudou-me a ser eu, ajudou-me a construir o meu dia-a-dia. Ajudou-me a saber ouvir, a saber participar, a ter a noção do sentido do colectivo, da importância do respeito pela opinião dos outros. Por Abril acreditei, por Abril propus, com Abril agi.
Abril ensinou-me a liberdade de expressão, deu-me melhores condições de vida, permitiu-me fazer coisas aparentemente tão simples como ouvir música de intervenção.
Percorri percursos de esquerda e muitas campanhas eleitorais. Como autarca, construí conquistas com as populações e aprendi que a vida só tem sentido se não nos fecharmos em nós próprios
Mas foi também com o espírito de Abril que, infelizmente, aprendi que Abril afinal não é “quando um homem quiser”.
Hoje continuo a procurar construir Abril, diariamente, através da acção sindical. Porque com ele me tornei reivindicativa, me tornei propositiva, me tornei inconformada, porque com ele cresci…
Foi o meu pai quem me ensinou Abril. Espero que, à semelhança do meu, neste tempo de egoísmo e incertezas, muitos pais o façam cumprir...

Júlia Vale, Educadora e Sindicalista

25 Hora a Hora!

Liberdade?


O desejo de liberdade é um sentimento intimamente fixado no ser humano. A situação de não nos sentirmos submetidos ao domínio de outros, e, por isso, termos pleno poder sobre nós mesmos, sobre os nossos atos, sobre as nossas opções, fazem o homem enfrentar-se a si mesmo e exigem dele decisões responsáveis. A capacidade de raciocinar e de valorizar de forma inteligente o mundo que nos rodeia é o que nos dá o sentido da liberdade, entendida como plena expressão da vontade humana. No entanto, não estamos sós no mundo e interagimos em todos os momentos com os outros o que nos leva a criar uma consciência moral e ética, uma responsabilidade cívica, tendo como finalidade o respeito e o bem-estar pelo próximo. Assim, aprendemos que existem os nossos deveres e os nossos direitos.
Se até ao 25 e Abril houve dificuldade em sentir tudo o que envolve este conceito de liberdade, após esta data, certamente não foi assim. Alcançámos a democracia, vivemos intensamente alguns dos nossos desejos, sentimos direitos e deveres próprios de cada um, contudo, rapidamente fomos confrontados com uma aprendizagem acelerada de convivência e participação num espaço transnacional - a Comunidade Europeia - que depressa nos obrigou a um processo de ajustamento modernizante de valores, estruturas, atitudes e comportamentos. Pergunta-se: será que atualmente todos alcançaram esta noção de liberdade? Será que mesmo aqueles que nos representam nacional e internacionalmente tiveram em conta o respeito pelos nossos direitos?

Ana Cristina Pereira, Professora

25 Hora a Hora!

A vida é uma viagem de ida.
Para esta viagem, preparamos mochila e escolhemos companhia.
Na bagagem levamos tudo o que nos foi possível juntar: afectos, amigos, família, lembranças. Mas os afectos são como as árvores: têm de ser plantadas, regadas, escoradas para bem crescer. Só assim se erguem saudáveis. Tudo feito com esforço, muito esforço; dia a dia, amparando o crescimento. E com carinho; muito carinho.
Quando grandes, as árvores são frondosas e acolhedoras, muito acolhedoras. Perfeitas em todas as nossas necessidades; companhias das nossas pequenas solidões, colo dos nossos pequenos desgostos.

Voltando à viagem: falta-nos a companhia.
As pessoas que nos acompanham são fundamentais.
As pessoas que nos ouvem são essenciais.

Então, agora, estamos no caminho da nossa vida. As escolhas feitas foram nossas, são nossas todos os dias. Fazemo-las com confiança nos outros; sem confiança não há relacionamento. Sem relacionamento, estamos sozinhos.

A tudo isto se chama ética: somos éticos quando fazemos o que é certo quando ninguém nos obriga.
É esta a nossa pequena revolução. Na verdade, é gigante mas, um a um mudamos o mundo.


Conceição Rios, artesã
Abril de 2011

25 Hora a Hora!

Não culpem o 25 de Abril!


A tradicional cerimónia do 25 de Abril não se realizará hoje no Parlamento, o que é justificado com o agudizar da crise financeira que assola Portugal, mas o Presidente da República irá na mesma falar aos portugueses, a partir do Palácio de Belém.
O discurso de Cavaco Silva não deixará obviamente de abordar a crise em Portugal e no Mundo, num momento em que todos debatem a razão de ser da crise e as consequências que se avizinham. As pessoas estão pessimistas e temem que a história se repita, recordando as crises mais dramáticas da humanidade.
Direi, como Santo Agostinho, que não é o fim do mundo, mas o fim de um mundo. Nos momentos de crise também se progride. Os portugueses são, aliás, um povo que só se manifesta nos momentos de festa e de tragédia, como disse um dia o Professor Luís Valente de Oliveira, então ministro de Cavaco Silva.
Os tempos que se vivem são no entanto também propícios a extremismos e a demagogia. Não falta já quem justifique o estado a que chegamos (a célebre frase de Salgueiro Maia na madrugada do 25 de Abril de 1974) com a democracia, esquecendo todo o progresso verificado nos últimos 37 anos.
Debata-se a crise com optimismo. Mas por favor não culpem o 25 de Abril!

Joaquim Gomes, Jornalista

25 Hora a Hora!

Voltar a sentir Abril…


Era uma vez uma dúzia de homens, militares, sobretudo capitães, que tinham um sonho, acordar Portugal do sono profundo que há 48 anos o dominava. Sonhavam tirar este país do cinzento das suas vidas, trazer luz e cor a este pedaço de terra à beira-mar plantado. E sonhavam com um país desenvolvido, um país democrático, onde a justiça e a equidade social fossem máximas cumpridas por todos. E nesse dia, o país tirou o cinzento das suas caras e das suas roupas, o vermelho dos cravos dominou o horizonte, as caras sofridas e esfomeadas abriram-se em sorrisos rasgados, confiantes, crédulos. E uma nova era se iniciou, a era da liberdade, do desenvolvimento, da democracia, da descolonização…
Dentro de dias teremos novamente um 25 de Abril, uma data comemorada com um feriado nacional, mas um feriado que se vai esvaziando de sentido. E esta ausência de sentido não se deve só ao facto de não haver a habitual comemoração na Assembleia da República mas ao sentido que cada um de nós lhe dá. E vamos pensar como é que temos comemorado o 25 de Abril nos últimos anos….
Nestes dias tão complicados não se nota um voltar aos ideais de Abril mas sim um afastamento desta data tão importante para o nosso Portugal. Não tenho dúvidas que hoje, apesar de tudo, estamos melhor que a 24 de Abril de 1974, apesar de estarmos muito longe dos sonhos daqueles homens que fizeram Abril.
Muita coisa há a mudar, na economia, na educação, na saúde, no estado social… Mas a maior mudança, aquela que Abril não conseguiu concretizar, tem a ver com cada um de nós, tem a ver com a cidadania, com a nossa capacidade de desenvolver um país justo, equitativo, livre. Esta atitude de comprometimento de todos com todos não se decreta, não vem em nenhum PEC, nem no resgate do FMI. Somos nós, cada um sozinho e em grupo, que tem de definir o seu caminho e ter um sonho, um sonho onde se concretiza o país de Abril. Depois, vamos meter mãos à obra.

Adelina Paula Mendes Pinto, Professora

25 Hora a Hora!

O 25 de Abril e as minhas opções de vida

Quando se deu o 25 de Abril, eu frequentava o 6º ano de escolaridade.
Vocês, rapazes e raparigas que agora têm a mesma, ou pouco mais idade do que eu tinha nessa altura, não imaginam o que se passou nas escolas.
Olhando para trás, continuo, como sempre, maravilhado com o nível de discussão que tínhamos naquela altura e nos anos que se seguiram.
Havia discussão política, se é que lhe podemos chamar assim para garotos e garotas daquela idade. Sabem, é que eu tinha uma colega cujo pai havia estado preso às mãos da PIDE, essa terrível polícia do pensamento. Como é que era possível haver uma polícia para o pensamento, perguntarão? Sendo os dinamizadores deste blogue tão empenhados, por certo que o saberão mas, e os outros colegas?
Pensem só o que significava não se poder exprimir em voz alta aquilo que nos ia na alma, como hoje é dado adquirido.
Mais ou menos por essa altura, presenciei uma cena que me marcou imenso: ia eu na minha rua, a caminho de um recado para a minha mãe, quando vi um homem a agredir outro mais novo. A cena passava-se numa marcenaria que por ali existia e o agressor era o patrão, homem bronco, que não aceitou um erro qualquer do jovem trabalhador. Fiquei revoltado e dei razão aos políticos que então espalhavam as suas ideias, proclamando o fim da exploração do trabalhador pelos patrões daquele tipo.
Durante o meu percurso no ensino secundário, onde as associações de estudantes eram ideológicas, fui cristalizando as minhas opções políticas. Antes de entrar para a Universidade, tive ocasião de trabalhar em duas fábricas, onde me apercebi da dura vida dos trabalhadores que vivem com o salário mínimo (que também eu ganhava). Havia famílias inteiras a trabalhar para o mesmo patrão e com poucas perspectivas de melhorar a sua vida. Como podia eu fazer outra coisa se não ligar-me à actividade sindical na minha vida adulta?
O ambiente nas fábricas, quase de trabalho forçado, levou-me a não desistir de estudar, de modo a aspirar a uma vida melhor.
Hoje sou professor de Inglês e sou activista e dirigente sindical. Acredito que só estando juntos poderemos fazer com que a vida de todos e de cada um seja melhor, quer em termos profissionais, quer em termos de dignidade.
Para atingirmos este objectivo, é necessário ter uma atitude empenhada e cívica. Pensem se não há mais força quando estamos a trabalhar em equipa, quando remamos todos para o mesmo lado, por assim dizer. É preciso participar, dar opiniões, votar, quando a isso formos chamados.
Se hoje posso exercer esta actividade de sindicalista, ao 25 de Abril o devo. Antes da Revolução teria imensas hipóteses de ser preso, só por reivindicar melhor vida e condições de trabalho para os trabalhadores e trabalhadoras.

Paulo Costa, professor na EB 2,3 de Lousada e Dirigente Sindical do SPN (Sindicato dos Professores do Norte)

25 Hora a Hora!

25 DE ABRIL 1974



No ano de 1974, frequentava no Sameiro, no Seminário Carmelita, o antigo 6º ano quando decorreu a Revolta do 25 de Abril. Desse dia tenho algumas coisas gravadas na minha memória e embora não estivéssemos completamente abertos ao exterior, porque estávamos como que “protegidos” do que se passava, íamos sabendo mais pormenores pelo pequeno transístor que tínhamos levado para basicamente ouvirmos os relatos dos jogos de futebol e quando íamos a casa - de quinze em quinze dias; e, como na TV não havia nenhum programa de “interesse”, entretinham-nos com torneios de pingue-pongue, de damas, de xadrez e outros jogos educativos até nos deitarmos.



Acredito que essa “barreira” para esse tipo de informação pelos superiores seria por entenderem que para nós não teria interesse atendendo à nossa idade; o pouco contacto que tínhamos com essa realidade, de mudança, vinha através dos colegas mais velhos que se deslocavam todos os dias às aulas ao Liceu, a Braga e começavam a aparecer com uns pin´s na lapela ou na camisa; entravam a cantar as canções da “Tourada” do Fernando Tordo e “Depois do Adeus” do Paulo de Carvalho - coisas que antes não se via, nem ouvia – sinais de mudança!



Tive um conhecimento maior do que tinha acontecido durante as férias e no ano seguinte em que frequentei as aulas ao Liceu Sá de Miranda, em Braga. Aí, presenciei “in loco”, devido à proximidade do quartel, as inúmeras e constantes movimentações na rua dos veículos militares do Antigo RI8 (Regimento de Infantaria 8), principalmente aquando da conspiração de 11 de Março de 1975.



Como balanço tenho a certeza dos muitos benefícios embora sempre tenha existido quem nunca tenha “vestido a camisola” do respeito pelos outros, sendo este princípio, no meu entender, a base da Democracia.





Abílio Lima Freitas, Presidente da Junta de Freguesia de Stª Leocádia de Briteiros

25 Hora a Hora!

Cantar a Liberdade

Era uma vez a liberdade
Perdida, aprisionada
Era uma vez uma nação
Humilhada, abandonada

O atroz lápis azul
Roubou a opinião
A liberdade teve medo
E abraçou a solidão

A Pide controlava
Torturava e matava
Então os homens fugiam,
A liberdade chorava

Então tristes cantavam
A liberdade em segredo
A guerra do Ultramar
Vestiu-se toda de negro

Os homens disseram: Não!
Já chega de submissão!
Estamos fartos de calar
A voz da nossa canção

Um belo dia de Abril
A revolução gritou
Numa manhã de Primavera
A liberdade voltou

Os capitães deram sinal
E o povo todo ocorreu
A liberdade sai à rua
O povo unido venceu

Com simples cravos vermelhos
As armas foram enfeitadas
Cantaram a liberdade
E não foram disparadas

A liberdade de Abril
Despediu-se do passado
É um tamanho tesouro
Nas tuas mãos colocado

Tantos homens já morreram
Pela Pátria libertada
Tantos sofreram e lutaram
Pela Liberdade alcançada

Agora é a tua vez!
Vive a democracia
Proíbe que a ditadura
Amanheça algum dia

Então grita: “ Eu sou livre!”
E ama a liberdade
Na vida do teu país
Canta a tua vontade.


“OsMusiké”

25 Hora a Hora!

Celebram-se hoje, não em todos os locais, os 37 anos da Revolução dos Cravos. O Núcleo de Estudos 25 de Abril, iniciou estas comemorações, no dia 4 de Abril com os " Dias da Revolução 2011".

Hoje lançamos um novo projecto no âmbito das comemorações: o "25 Hora a Hora". Na medida das nossas possibilidades e após convites que endereçamos a vários amigos e colaboradores do NE25A, vamos publicar neste espaço e ao longo de todo o dia 25 de Abril, textos que sirvam de reflexão a Abril e aos valores que este Núcleo tenta promover.

Todos os textos são originais dos nossos amigos que aceitaram este desafio, expressando as suas ideias, num espirito de pura cidadania democrática.


O primeiro texto será lançado às 00.20h ( sabe porquê?).

A todos quantos colaboraram connosco neste projecto, o nosso obrigado.


Participe, comentando.


Viva a Liberdade, Abril, a Cidadania e a Democracia. Viva Portugal

sábado, 23 de abril de 2011

Aconselhamos... Televisão!





Amanhã, dia 24 de Abril, a RTP 1 apresenta dois programas que aconselhamos:


" Maior que o pensamento" é uma série documental em três episódios sobre Zeca Afonso;


" Assalto ao Stª Maria", é um filme baseado na história do assalto ao paquete Stª Maria ( a célebre Operação Dulcineia), liderado pelo comandante Henrique Galvão.


Para mais informações sobre estes programas, siga os " links" ( imagens).

Dia Mundial do Livro... Aconselhamos!




O dia 23 de Abril foi considerado pela UNESCO em 1996, como o " Dia Mundial do Livro". De forma a contribuirmos para a promoção da leitura, deixamos aqui duas propostas:


" Salgueiro Maia- O homem do tanque da Liberdade" ( 1ª magem), de José Jorge Letria, publicado pela Editora "Terramar", é uma obra de carácter biográfico que tem por objectivo dar a conhecer, particularmente aos mais jovens, uma das figuras mais emblemáticas do 25 de Abril de 1974.



" A Flor de Abril" de Pedro Olavo Simões, com ilustrações de Abigail Ascenso e publicado pela Editora "QuidNovi", é a história de um pai que conta ao filho a história da Revolução dos Cravos, destacando o que era Portugal antes de Abril de 1974 e a necessidade de promover e fomentar valores muito dificeis de conquistar e preservar. Tudo com uma linguagem muito simples e directa.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Comemorações dos 37 anos da Reolução dos Cravos: Parte III.








Comemorações dos 37 anos da Revolução dos Cravos: Parte II











Comemorações dos 37 anos da Revolução dos Cravos.













Atendendo à época de Páscoa que atravessamos e tendo em atenção que amanhã ( sexta feira santa), é feriado nacional, colocamos hoje algumas alternativas para as comemorações dos 37 anos do 25 de Abril de 1974.






As que colocamos desde já, são aquelas das quais já tivemos conhecimento. Muitas mais vão ser realizadas por todo o país. Se nos quiser dar essa informação envie a sua mensagem para o nosso e-mail.

Em todas as imagens são disponibilizados os respectivos "links", para melhor e mais vasta informação sobre os diferentes programas de comemoração.
Como não podia deixar de ser, o NE25A vai assinalar os 37 anos da Revolução com o projecto " 25 Hora a Hora", a ser lançado no dia 25 de Abril.


Esteja atento e participe.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aconselhamos... José Mário Branco no Theatro Circo!

Amanhã, dia 21 de Abril, pelas 21.30h, o " Theatro Circo" -Braga, actua um dos maiores expoentes da denominada " música de intervenção".

Falamos de José Mário Branco, autor de canções emblemáticas como "Ser solidário", Margem de certa maneira" e " FMI". Sempre assumidamente activista da causa pública, desenvolve um extenso trabalho a solo e em parceria com nomes como os de Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, etc.


Os ingressos para este espectáculo custam 12 € e para aceder à página do " Theatro Circo", siga o "link" ( imagem).

O NE25A... no "Lura".


No " Lura" ( Jornal do Serviço Educativo do CCVF), edição de Abril/Maio/Junho, pode ser lida mais uma informação sobre as actividades do NE25A. Desta vez é sobre os " Dias da Revolução 2011", com alusão aos diferentes tipos de actividades desenvolvidas/ a desenvolver.

Mais uma vez, agradecemos à Drª Elisabete Paiva e equipa a possibilidade de publicitarmos o nosso projecto.

sábado, 16 de abril de 2011

"Olhares em Liberdade"... Caldas das Taipas!


Realizou-se ontem , dia 15 de Abril , pelas 21.30h, a sessão de inauguração da mostra de artes plásticas " Olhares em Liberdade". A mostra passou a estar patente nos " Banhos Velhos", Caldas das Taipas, numa iniciativa do NE25A e da " Taipas Turitermas".


Os " Olhares em Liberdade" estarão abertos ao publico ( entrada livre), entre os dias 16 a 26 de Abril, de acordo com o horário que publicamos ( siga o link aqui).


Para outras marcações devem ser contactados os serviços da " Taipas Turitermas", ou o NE25A.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Olhares em Liberdade"... nos "Banhos Velhos" de Caldas das Taipas!


A mostra de artes plásticas " Olhares em Liberdade", vai ser inaugurada amanhã, dia 15 de Abril, pelas 21.30 horas, no seu novo espaço.

Após ter estado durante 9 dias na sede da ACIG ( Guimarães), os trabalhos desenvolvidos por amigos e colaboradores do NE25A, passarão a estar expostos nos " Banhos Velhos", nas Caldas das Taipas, onde poderão ser apreciados até ao dia 26 de Abril.


Aos responsáveis da Taipas Turitermas, agradecemos o apoio dado ao projecto.


Para aceder à noticia publicada no "Reflexo", siga o "link" ( imagem).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dias da Revolução 2011 - " Trilhos da Liberdade"

" Trilhos da Liberdade" foi o nome que demos ao projecto desenvolvido, na EB 2/3 de Briteiros. Vários dos membros do NE25A, criaram e desenvolveram um conjunto expositivo que está patente ao público em geral, no átrio da EB 2/3 de Briteiros, até ao próximo dia 28 de Abril.

Neste conjunto destacamos toda uma série de materiais alusivos à forma de viver e pensar dos anos 50/60, a painíes identificativos do Estado Novo, do Marcelismo, da Guerra Colonial, do 25 de Abril e do PREC ( Processo Revolucionário em Curso - 74-75) e um conjunto de "pegadas", que fazem os " Trilhos da Liberdade", explicativos dos principais acontecimentos do dia 25 de Abril.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Aconselhamos... " O Dia Inicial".


No ano passado aquando da primeira fase dos " Dias da Revolução" que decorreu entre 12 e 16 de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho afirmou em entrevista ao repórter da Guimarães TV, concedida na EB1/JI de Barco a 14 de Abril ( ver notícia publicada pelo NE25A em 28 de Abril de 2010), que um dos seus projectos mais prementes, era o da publicação de uma síntese factual sobre o plano de operações do 25 de Abril de 1974.
Essa publicação surge agora pelas mãos da Editora " Objectiva" e com prefácio de Eduardo Lourenço.
Desde já esclarecemos que não estamos perante um " Alvorada em Abril" 2ª parte; trata-se de uma obra mais factual, mais concisa e sintética, que visa dar aos mais novos e menos novos, um guia dos acontecimentos que ocorreram a 25 de Abril de 1974.
Aconselhamos mais esta obra de forma a conhecer mais esta nova perspectiva da Revolução dos Cravos.

sábado, 9 de abril de 2011

"Dias da Revolução 2011" - "NOITE DE ABRIL"

Local: Auditório do AVEPARK


Hora: 21.30h


Dia: 8 de Abril


Casa cheia para assisitir ao primeiro sarau cultural organizado pelo NE25A. Durante aproximadamnente 90 minutos, desfilaram pelo palco os grupos e artistas convidados do Núcleo para esta " Noite de Abril".

Começando pelo Grupo de Musica e Teatro da E.B 2/3 de Briteiros com os nossos jovens musicos, cantores e declamadores, passando pelos 15 integrantes do Grupo de Guitarras da Puerpolis, tivemos os primeiros 25 minutos de espectáculo.

De seguida actuaram os "BandaMat" ( do Movimento Artistico das Taipas), seguidos pela apresentação do videograma produzido pela Escola Secundária de Caldas das Taipas.

A ultima actuação pertenceu aos " OsMusiké", com sua componente de Teatro e o seu grupo de musica ( com 3 peças uma das quais original produzido especialmente para este espectáculo e do qual publicaremos a letra no próximo dia 25 de Abril).

Por ultimo, foram entregues as nossas placas comemorativas a todos os responsáveis dos grupos convidados, novos parceiros e, como naõ podia deixar de ser, ao nosso convidado de honra Otelo Saraiva de Carvalho.


A todos quantos contribuiram para o sucesso do " Noite de Abril",

o nosso muito obrigado.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Dias da Revolução" - Otelo Saraiva de Carvalho





Com a presença de diversos convidados ( Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Presidente da Direcção da Taipas Turitermas, entre outros), o NE25A em parceria com o grupo de História da ESCT, promoveu a palestra " Portugal em Abril", com o Coronel Otelo Saraiva de Carvalho.

Uma semana após o lançamento do seu novo livro ( O Dia Inicial de que falaremos noutro espaço), o Coronel Otelo brindou-nos com 90 minutos da sua dinâmica, força e motivação, para explicar Abril. Na sua visão, Abril não se cumpriu na sua totalidade ou, pelo menos, no seu desejo, já que circunstâncias várias, levaram a não se cumprir o seu ideal de uma democracia directa e popular.



O "Reflexo"... e o NE25A!


Na sua edição "on-line" de hoje, dia 8 de Abril, o " Reflexo - o Espelho das Taipas", publicita o programa de actividades do Núcleo de Estudos 25 de Abril. O destaque é dado não só aos objectivos do NE25A, mas também ao programa que hoje desenvolvemos : palestra na ESCT com o Coronel Otelo Saraiva de Carvalho e o sarau " Noite de Abril", no AVEPARK.


O NE25A agradece a colaboração que o " Reflexo" continua a prestar ao nosso projecto.


Para aceder à noticia completa, siga o " link" ( imagem).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

" Dias da Revolução 2011- D. Jorge Ortiga.

"A Igreja Católica, o 25 de Abril e a Liberdade".

Uma das palestras mais interessantes organizadas pelo NE25A, não só pelo tema, mas pela personalidade convidada para orador.

D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, foi o orador convidado para esta temática, que se desenrolou, hoje, na E.B. 2/3 de Briteiros em mais uma iniciativa inserida nos "Dias da Revolução".

Algumas ideias chave do pensamento de D. Jorge Ortiga: o 25 de Abril foi um acontecimento e não um facto, já que trouxe para a sociedade a possibilidade de escolha( entendendo esta como a opção que cada um de nós faz de forma responsável); que a doutrina social da Igreja faz um apelo fortíssimo à participação de todos na busca da verdade; o estudo, a leitura e a reflexão, são os caminhos para a liberdade.

Ficou também clara a separação que D. Jorge faz da prática de alguma hierarquia eclesiástica no período anterior à Revolução, relativamente a clérigos que, de forma bastante veemente, defenderam a liberdade e a construção de uma sociedade mais justa ( deu como exemplos capelães militares principalmente na luta pela autodeterminação nas ex-colónias, o exemplo de D. António Ferreira Gomes ou das sessões da Capela do Rato).


Por ultimo e como resposta a uma questão lançada por um dos elementos do NE25A, considerou a situação portuguesa actual como " muito grave", lançando um apelo final à participação, empenho e unidade de todas para esta ser ultrapassada.


O NE25A agradece a todos a colaboração prestada para o sucesso desta palestra, em particular à equipa da BE.


Amanhã 2 eventos: Otelo Saraiva de Carvalho na Escola Secundária de Caldas das Taipas (numa organização conjunta do NE25A e do sub grupo de História) e pelas 21.30 horas, no AVEPARK, o sarau " Noite de Abril".




quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dias da Revolução 2011!


Da Maria de Fátima Macedo, aluna do 4.º ano da EB1/JI de Barco e membro do NE25A, recebemos o seguinte texto sobre o 25 de Abril:





" A Liberdade começou

a ditadura acabou

o povo ganhou

e a Pide acabou


As tropas regressaram

da guerra colonial

regressaram ao seu país

que é Portugal


Esta é a época da Revolução

Cheia de Alegria e com muita paixão

Nesse dia celebramos

O nascimento da Nação."

Dias da Revolução... 3º Dia!



3º dia dos " Dias da Revolução". O NE25A, levou as mensagens da liberdade, da democracia e da solidariedade às EB1/JI de Stª Leocádia de Briteiros, Donim, Souto Stª Maria e Barco, tudo escolas do Agrupamento de Briteiros. Através da peça de fantoches " Jardim da Liberdade", as crianças e alunos destas escolas puderam apreender e conhecer, as principais mensagens de Abril. O entusiasmo foi grande em todos os estabelecimentos e para tal muito contribuiu o dinamismo do respectivo corpo docente.

Já ontem, o Teatro de Fantoches do NE25A, actuou para todos os alunos da EB1 do Pinheiral ( Agrupamento de Escolas das Taipas).

As próximas actuações previstas realizam-se a 27 de Abril e 4 de Maio, nas EB1 do Agrupamento de Escolas Afonso Henriques ( Guimarães).


A todos o NE25A agradece a simpatia com que nos receberam.


Amanhã mais actividades dos " Dias da Revolução".

terça-feira, 5 de abril de 2011

"Dias da Revolução 2011" - Correio do Minho


O jornal " Correio do Minho", esteve presente no primeiro dia da nossa iniciativa " Dias da Revolução".

A reportagem feita pela jornalista Marta Caldeira, pode ser vista na edição deste jornal, do dia 5 de Abril.


O NE25A agradece aos responsáveis do "Correio do Minho", a informação dada sobre o nosso projecto.


Para aceder à noticia, siga o " link" ( imagem).

"Dias da Revolução 2011" - 2º dia!

De acordo com o programa, recebemos hoje uma das mais emblemáticas personalidades da Revolução dos Cravos: o Coronel Vasco Lourenço.
Vasco Lourenço membro da Coordenadora do MFA, membro do Conselho dos 20, do Conselho da Revolução, Presidente da Associação 25 de Abril e considerado por muitos, o principal organizador e elemento de ligação do Movimento das Forças Armadas, esteve hoje, pelas 12.00h, na EB 2/3 de Briteiros.

Após a apresentação a cargo do Director do AEB, professor Fernando Silva, Vasco Lourenço dirigiu-se aos muitos jovens presentes, a professores e convidados, realçando a importância de Abril para a sociedade portuguesa. Manifestou também a opinião de que se torna necessário que os jovens conheçam como era o Portugal anterior ao 25 de Abril e que para tal, o papel das escolas era fundamental.

Descreveu alguns aspectos mais particulares da sua vivência conspirativa e respondeu a algumas questões que lhe foram endereçadas. Salientamos que à questão de qual o comentário que fazia ao facto de a Assembleia da Republica não comemorar oficialmente o 25 de Abril, responder que tal não era lógico e digno pois as justificações dadas não o eram ( segundo Vasco Lourenço nada impede a reunião do plenário nem na Constituição, nem no regimento da Assembleia); relativamente a uma questão sobre o facto de os capitães de Abril terem chegado a Coronéis e os de Novembro ( alusão ao 25 de Novembro), terem chegado a generais, reafirmou a pureza inicial dos integrantes do MFA no sentido de não fazerem purgas nem tentarem alcançar honrarias.


Da parte da tarde, numa organização conjunta do NE25A e do sub grupo de História da ESCT, Vasco Lourenço deslocou-se a esta escola secundária onde proferiu a palestra subordinada ao tema " Como foi a Revolução".

À mesma hora da intervenção de Vasco Lourenço, o teatro de fantoches do NE25A, actuava para os alunos do 1º ciclo da EB1 do Pinheiral ( Agrupamento de Escolas das Taipas).


Amanhã mais novidades.

"Dias da Revolução 2011"... 1ª Noite!


Os " Olhares em Liberdade", foram inaugurados.




De acordo com o programado, foi inaugurada hoje, na sede da Associação Comercial e Industrial de Guimarães ( Rua da Raínha), a mostra de artes " Olhares em Liberdade". Estão expostas peças de vários amigos e colaboradores do NE25A ( Celeste Semanas, Severino Fernandes,Curso de Design de Moda da Árvore, Francisco Bernardo, Salgado Almeida, Alberto Vieira, Isabel Fonseca, maria Itália Machado, Renata Palhares, isabel Antão, José Manuel "Esquerdo", Conceição Rios, Alberto Ferreira, Anabela Sequeira, Pinto da Silva, Nuno Ramos, Pedro Simões, José Delgado, Joaquim Álvares de Sousa e Adriana Fernandes "Nana"), que exprimem as diferentes visões e sentimentos relacionados com a Liberdade.

A sessão de inauguração teve intervenções da Drª Adelina Paula ( dissertando sobre a cidadania e as escolas) e do Coronel Rui Guimarães( centrando a sua intervenção nos desafios de Abril em 2011).

Contamos também com presença de várias das instituições que apoiam o NE25A ( Câmara MUnicipal de GUimarães através da Vereadora FRancisca Abreu, Vice Presidente da Direcção da ACIG, Directores da Taipas Turitermas, Presidentes de Juntas de Freguesia, Presidente da Associação de Pais da EB 2/3 de Briteiros, etc.) e de muitos alunos e amigos do Núcleo.




A todos os presentes, agradecemos o continuado estímulo que nos dão!



Brevemente publicaremos imagens de todas as peças em exposição.

Lembramos que para visitar a exposição basta fazer chegar, através de e-mail, um pedido ao Núcleo de Estudos 25 de Abril.


Seguindo o "link" ( imagem), pode descarregar o folheto da exposição.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Dias da Revolução 2011" - 1º Dia.






10.30horas, EB 2/3 de Briteiros.

Inicio da 2ª edição dos " Dias da Revolução".

Mais uma vez pretendemos com este projecto, promover os valores da Liberdade, da Democracia e da Cidadania.

Nada melhor do que começarmos com uma palestra subordinada ao tema " Mulheres em Abril". No painel contamos com a participação da deputada Helena Pinto ( BE), da vereadora Francisca Abreu ( CMG), da Drª Conceição Rios e da professora Emília Soares. Em qualquer uma das intervenções foi frisado o papel da Mulher na construção de uma sociedade mais igual e mais justa; foi realçado também o valor do direito de escolha da opção de vida; saíu também reforçada a ideia do valor de Abril para as mulheres portuguesas, mas ainda com um longo caminho a ser percorrido.

Alguns alunos levantaram questões sendo curiosa a resposta , em jeito de esclarecimento, dada pela deputada Helena Pinto, sobre o facto de a Assembleia da República, não comemorar oficialmente o 25 de Abril.


Mais tarde teremos mais informações sobre o resto do programa para este " dia inicial".

domingo, 3 de abril de 2011

A 24 horas dos "Dias da Revolução".


A menos de 24 horas do inicio dos " Dias da Revolução", lançamos o folheto alusivo à palestra que vai ser efectuada pelo Coronel Otelo Saraiva de Carvalho.

Otelo Saraiva de Carvalho, pelo segundo ano consecutivo, acedeu ao convite do NE25A e estará presente na ESCT ( organização conjunta do NE25A e do sub grupo de História do DEpartamneto de CSH), dia 8 de Abril, pelas 15.00h, para conversar com alunos, professores e convidados sobre o " Portugal de Abril".

Nesse mesmo dia, estará presente no sarau cultural " Noite de Abril", organizado pelo NE25A, no auditório do Avepark ( ver noticia de 22 de Março).


Para aceder ao documento, siga o " link" ( imagem).

sábado, 2 de abril de 2011

A 48 horas dos "Dias da Revolução".

No próximo dia 7 de Abril, vamos receber D. Jorge Ortiga Arcebispo Primaz de Braga. A presença de D. Jorge, insere-se nos " Dias da Revolução", onde este nosso convidado irá partilhar com os alunos da EB 2/3 de Briteiros e demais convidados, as suas ideias sobre " A Igreja Católica e o 25 de Abril".

Parece-nos ser uma das palestras mais interessantes no âmbito dos "Dias da Revolução", pois continua envolta em alguma polémica o papel da hierarquia da Igreja Católica para um dos períodos mais polémicos da nossa História próxima.


Para aceder ao foheto produzido para esta palestra, siga o "link" (imagem).

A 48 horas dos " Dias da Revolução".



A 48 horas do inicio dos " Dias da Revolução", publicamos o folheto alusivo à palestra que o Coronel Vasco Lourenço vai proferir, no próximo dia 5 de Abril, pelas 15.00 h, no auditório da ESCT, em sessão organizada pelo NE25A e pela secçaõ de História do departamento de CSH.


Recordamos que na manhã do dia 5 de Abril (12.00h), o coronel Vasco Lourenço estará na EB 2/3 de Briteiros, numa sessão organizada pelo NE25A. Nesta sessão o Coronel Vasco Lourenço será acompanhadopelo Coronel Rui Guimarães.


Para aceder ao folheto, siga o " link" (imagem).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Reflexo... do NE25A.

O jornal " Reflexo - O espelho das Taipas", faz notícia com o Núcleo de Estudos 25 de Abril.
Na sua página 7, da edição correspondente para o mês de Abril, são relatados os objectivos do NE25A e é publicitado todo o programa dos " Dias da Revolução 2011", que se iniciam na próxima segunda feira ( 4 de Abril).

É dado especial destaque às palestras que vamos realizar ( Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho, Rui Guimãrães, D.Jorge Ortiga, Helena Pinto, Francisca Abreu, entre outros), ao projecto " Olhares em Liberdade" e ao sarau cultural " Noite de Abril".

Aos responsáveis da " Reflexo", agradecemos a visibilidade que dão ao projecto do NE25A.


Pode aceder a todo o programa dos " Dias da Revolução", visualize a noticia publicada neste blogue a 10 de Março.