domingo, 29 de março de 2015

Roteiros da Liberdade... alguns momentos

Brevemente será publicado um livro digital, com os vários momentos que os 40 participantes dos "Roteiros da Liberdade" viveram, nos dias 27 e 28 de Março.

                                                 






quarta-feira, 25 de março de 2015

"Fafe e a primeira Guerra Mundial".... a 17 de Abril

No próximo dia 17 de Abril,  o Dr. Artur Magalhães Leite (orador convidado pelo NE25A para a palestra sobre a 1.ª Guerra Mundial que levamos a cabo em Novembro em parceria com o CFFH), apresenta a obra "Fafe e a Primeira Guerra Mundial".



Esta apresentação, que conta com a participação do Dr. Gil Santos ( co-autor do livro "De Chaves a Copenhaga – a saga de um combatente") e tem o seu inicio pelas 21.30h, na Biblioteca Pública de Fafe.

terça-feira, 24 de março de 2015

Homenagem a um mestre...Herberto Helder

(1930 - 2015)

Não sei como dizer-te que minha voz te procura
e a atenção começa a florir, quando sucede a noite
esplêndida e vasta.
Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos
se enchem de um brilho precioso
e estremeces como um pensamento chegado. Quando,
iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado
pelo pressentir de um tempo distante,
e na terra crescida os homens entoam a vindima
— eu não sei como dizer-te que cem ideias,
dentro de mim, te procuram.

Quando as folhas da melancolia arrefecem com astros
ao lado do espaço
e o coração é uma semente inventada
em seu escuro fundo e em seu turbilhão de um dia,
tu arrebatas os caminhos da minha solidão
como se toda a casa ardesse pousada na noite.
— E então não sei o que dizer
junto à taça de pedra do teu tão jovem silêncio.
Quando as crianças acordam nas luas espantadas
que às vezes se despenham no meio do tempo
— não sei como dizer-te que a pureza,
dentro de mim, te procura.

Durante a primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço —
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave — qualquer
coisa extraordinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,

que te procuram.



(excerto do poema «Tríptico», publicado em A Colher na Boca, 1961)

sexta-feira, 20 de março de 2015

Leituras em dia... "Era uma vez o 25 de Abril"

Aconselhado pela professora Ana Silva (BE do AE de Briteiros), propomos hoje a leitura e análise com os  alunos, do livro de José Fanha ( editado pela Alfaguara Infantil e Juvenil) , “Era uma vez o 25 de Abril”.
O livro tem como base a perceção de José fanha, do  desconhecimento que os jovens de hoje tem sobre o que era o nosso país, há mais de 40 anos.

Assim, deu corpo à ideia de contar de como era Portugal antes da Revolução dos Cravos, como se desenrolaram os dias do 25 de Abril e como surgiu o Movimento das Forças Armadas que o fez acontecer. Surge assim uma história fantástica, de uma história que mudou a nossa História! Quis antes falar desse período como quem conta uma história fantástica e complexa, heróica, divertida e contraditória, mas maravilhosa e verdadeira. 
Uma história que mudou a História.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Semana da Leitura

Deixamos informação sobre 2 eventos relativos à "Semana da Leitura", que nos chegaram até ao NE25A.

O primeiro diz respeito ás atividades lançadas pela BE do AE de Briteiros:


a segunda, é da BE do AE Francisco de Holanda



Ás duas BE, os nossos parabéns!

terça-feira, 17 de março de 2015

Roteiros da Liberdade... 27 e 28 de Março

Com  o apoio da A25A e organização do Núcleo de Estudos 25 de Abril, 40 professores, autarcas e membros individuais de diversas comunidades, participam no 1º "Roteiros da Liberdade".
Este projecto inicia-se no dia 27 de Março e consiste numa visita de estudo a locais emblemáticos da revolução e/ou do fascismo. Assim os participantes poderão visitar a prisão/fortaleza de Peniche, o núcleo museológico da Pontinha ( onde se encontra o posto de comando do MFA da noite de 24 para 25 de Abril) e, com a intervenção do coronel Matos Gomes, um passeio pedestre, enquadrado historicamente, por locais emblemáticos na cidade de Lisboa ( Terreiro do paço, Rua do Carmo, Largo do Carmo, Rua António Maria Cardoso, etc).
Na noite de 27 de Março, os participantes jantam no restaurante da sede da A25A, com a presença de elementos da Associação.

Brevemente mais noticias sobre novas actividades a lançar brevemente.

segunda-feira, 16 de março de 2015

o 16 de Março de 1974... balão de ensaio ou algo mais


No dia 16 de Março de 1974, às 04h00 da madrugada, uma coluna do Regimento de Infantaria 5 (RI5) das Caldas da Rainha passa os portões do aquartelamento, comandada pelo capitão Armando Marques Ramos. Pretende executar um golpe militar, marchando sobre Lisboa e depondo o Governo. Apenas a três quilómetros da capital terá a noção de que se encontra isolada.
Um precipitado e deficiente planeamento da ação leva ao seu fracasso, sendo presos quase duas centenas de militares - oficiais, sargentos e praças - entre os quais o tenente-coronel João de Almeida Bruno, majores Manuel Monge e António Casanova Ferreira e capitães Marques Ramos e Virgílio Varela. Constituiu, segundo alguns dos elementos do MFA (ver " Alvorada em Abril" de Otelo Saraiva de Carvalho e "Vasco Lourenço: do interior da Revolução", de Vasco Lourenço), um importante balão de ensaio para o 25 de Abril.


Sobre a revolta das Caldas da Rainha, efetuada a 16 de março de 1974, subsistem algumas contradições: Fernando Rosas considera que “ … foi a maneira da generalidade das unidades militares demonstrarem a sua repulsa contra a submissão das Forças Armadas simbolizada pela cerimónia de 14 de Março em que a chamada “Brigada do Reumático” foi jurar fidelidade ao regime”; por seu lado, o coronel Vasco Lourenço ( Coordenadora do MFA) considera que o 16 de Março foi feito "dentro do movimento", com o "total" envolvimento de Otelo Saraiva de Carvalho, apoiado em alguns oficiais da ala spinolista”.


Recorda agora, a nota oficial, publicada na imprensa, na qual o regime Fascista anunciava a sua vitória sobre a falhada tentativa de golpe.

«Na madrugada de sexta-feira para sábado, alguns oficiais em serviço no Regimento de Infantaria 5, aquartelado nas Caldas da Rainha, capitaneados por outros que nele se introduziram, insubordinaram-se, prendendo o comandante, o segundo comandante e três majores e fazendo em seguida sair uma Companhia auto transportada que tomou a direcção de Lisboa.
O Governo tinha já conhecimento de que se preparava um movimento de características e finalidades mal definidas, e fácil foi verificar que as tentativas realizadas por alguns elementos para sublevar outras Unidades não tinham tido êxito.
Para interceptar  a marcha da coluna vinda das Caldas foram imediatamente colocadas à entrada de Lisboa forças de Artilharia 1, de Cavalaria 7 e da GNR. Ao chegar perto do local onde estas forças estavam dispostas e verificando que na cidade não tinha qualquer apoio, a coluna rebelde inverteu a marcha e regressou ao quartel das Caldas da Rainha, que foi imediatamente cercado por Unidades da Região Militar de Tomar. Após terem recebido a intimação para se entregarem, os oficiais insubordinados renderam-se sem resistência, tendo imediatamente o quartel sido ocupado pelas forças fiéis, e restabelecendo-se logo o comando legítimo.
Reina a ordem em todo o País».

sexta-feira, 13 de março de 2015

O canto do cisne do regime... a Brigada do reumático



“Durante o mês de Fevereiro de 1974, o impasse militar que se vive nas colónias conduz à agudização das tensões no seio das Forças Armadas. Na sequência da publicação por António de Spínola do livro "Portugal e o Futuro", no qual se defende a tese de uma solução política para a questão colonial e um modelo de autodeterminação e associação de tipo federal para as colónias portuguesas, Marcelo Caetano convoca o chefe e o vice-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, respectivamente, Costa Gomes e António de Spínola, convidando-os a tomar o poder. Perante a recusa dos chefes militares em aceitar tal situação, menos de uma semana depois, a 28 de Fevereiro, Marcelo Caetano apresenta a sua demissão ao Presidente da República, Américo Tomás, que a recusa.


Perante a degradação da situação política e militar, procede-se então à encenação de uma manifestação de subordinação e solidariedade das chefias militares para com o regime, cerimónia que tem lugar a 14 de Março de 1974 e que ficaria conhecida como a "Brigada do Reumático". Costa Gomes e António de Spínola que se recusam a comparecer, são exonerados das suas funções, consumando-se a sua definitiva ruptura com o marcelismo. "

in:historiaaberta.com.sapo.pt



Para veres a cerimónia da "Brigada do reumático", segue o "link" ( 1ª imagem)

quinta-feira, 12 de março de 2015

PREC (Processo Revolucionário em Curso)…em185 minifilmes diários de 1 minuto


Memórias da Revolução é um projeto da RTP e do Instituto de História Contemporânea, pensado para rever 1975 em 2015
Um minuto por dia até 25 de Novembro: assim vai recordar a RTP os dias do PREC, através de minifilmes que nos transportam até ao Verão Quente de 1975.

Ao todo, são 185 episódios diários de 1 minuto cada, além de 40 especiais semanais de 3 minutos (estão prontos seis), transmitidos na RTP1, a seguir aos telejornais, mas também na RTP2, RTP Informação, RTP África, RTP Internacional e Antena 1 e ficando disponíveis numa área específica do site da RTP.

O projecto Memórias da Revolução resulta de uma parceria entre a RTP e o Instituto de História Contemporânea (IHC) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que a par dos minifilmes da RTP está a reunir “testemunhos, histórias, memórias e objectos” de todos os que participaram activamente no processo revolucionário português.


quarta-feira, 11 de março de 2015

40 anos após o 11 de Março de 1975

Há 40 anos, após meses de tensão, Portugal viveu uma nova tentativa de golpe de Estado.
Ainda hoje o 11 de Março de 1975, é alvo de inúmera polémica: aqueles que o consideram como um golpe preparado pelas forças afectas ao General Spínola e que após o fracasso da manifestação da “Maioria Silenciosa”, sentem o país a guinarem à esquerda; aqueles que dizem que o golpe não passou de uma manobra provocada por forças de esquerda, tendentes a eliminarem o perigo de um movimento contra-revolucionário, que criasse em Portugal as condições necessárias para uma viragem à direita.
Entre o 28 de Setembro de 1974 e o 11 de Março de 1975,vemos Portugal e o MFA divididos em 2 correntes: a que lutavam pela criação de uma sociedade democrática de base parlamentar e a que pugnava pela revolução socialista de base popular, sob a alçada dos militares

No início de Março de 1975, circulou por todo o país o boato de que o Partido Comunista Português e os militares mais radicais do COPCON e da 5ª Divisão, iriam proceder à eliminação de dezenas de militares e civis de direita, cujos nomes constavam duma lista tornada famosa: a “matança da Páscoa”.
Com base nestas informações (lembramos que em 2010 aquando da sua presença em Briteiros, Otelo Saraiva de Carvalho disse desconhecer a existência dessa lista), militares afectos ao general Spínola, no dia 11 de Março de 1975, levaram a efeito uma tentativa de golpe de estado. No entanto, o movimento desencadeado por tropas pára-quedistas ficou-se pelo ataque ao RAL1, donde resultou uma vítima mortal e doze feridos, dos quais dois eram civis. No seguimento dos acontecimentos do 11 de Março, Spínola e os oficiais implicados no golpe foram demitidos e fugiram para Espanha, deixando o caminho aberto aos sectores mais radicais do MFA. A Junta de Salvação Nacional e o Conselho de Estado foram substituídos pelo Conselho da Revolução, que se manteve como órgão de soberania até 1982. Foram então decretadas as nacionalizações da banca e dos seguros.


terça-feira, 10 de março de 2015

Concurso... A LIBERDADE

NA EB 2/3 das Taipas, os docentes de História lançam o concurso "A LIBERDADE". Através da fotografia digital, pintura e escrita, os aalunos são desafiados a "contar" a Liberdade.

Leituras em dia com... Jorge Miranda

Num tempo de tantos contrastes relativos à Constituição da Republica Portuguesa, aconselhamos a análise do livro “Da Revolução à Constituicao”, do constitucionalista Jorge Miranda, publicado pela “Principia Editora”.


Publicado entre os 40 anos do 25 de abril de 1974 e os 40 anos da eleição da Assembleia Constituinte, este livro de memórias propõe-se dar conta da experiência singular do Autor durante o período de dois anos que há quatro décadas mudou para sempre Portugal. O seu objeto fundamental é a feitura da Constituição portuguesa de 1976, um processo recheado de vicissitudes políticas recortadas fundamentada e intensamente por Jorge Miranda, tal como então as cruzou e viveu na primeira pessoa. O livro distribui se por três partes, em correspondência com esses acontecimentos. A primeira parte trata da Revolução e da Assembleia Constituinte, tomando como referência o dia 25 de abril de 1974 e indo desde o que era o regime anterior até às eleições e às suas sequelas. Na segunda parte, avultam a distância dramática entre a Assembleia e o chamado processo revolucionário em curso. Na terceira parte, aborda-se o período que se seguiu ao dia 25 de novembro de 1975, durante o qual ocorreu, enfim, a convergência do procedimento constituinte e do processo político e a Assembleia pôde concluir pacificamente os seus trabalhos. Porque, no dizer de Jorge Miranda, cabe lembrar que «houve três 25 de abril: o primeiro, de 1974, com a revolução, de liberdade; o segundo, com as eleições para a Assembleia Constituinte de 1975, de combate pela democracia; e o terceiro, de 1976, com as eleições para a primeira Assembleia da República, de vitória e institucionalização da democracia».

domingo, 8 de março de 2015

Recordando as marchas de Selma... 50 anos depois


8 de Março de 2015

MULHERES

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

PABLO NERUDA

sábado, 7 de março de 2015

Aconselhamos... Os Loucos Anos 20


quinta-feira, 5 de março de 2015

25 anos após... Jornal Público

O primeiro número do Público saiu para as bancas em 5 de Março de 1990. O primeiro diretor foi Vicente Jorge Silva.
25 anos depois... parabéns a uma referência da comunicação em Portugal.


Para acederes à página do "Público", segue o "link"(imagem)

terça-feira, 3 de março de 2015

Portugal na Grande Guerra , Uma Crónica Visual - Parte 1

De Jorge Pedro Sousa, aconselhamos a leitura de “Portugal na Grande Guerra, Uma crónica Visual – Parte 1”, com a chancela da EDITORA MEDIA XXI. 
"Portugal entrou oficialmente na Iª Guerra Mundial em 1916. O novo regime republicano português levou o país para a guerra para legitimar-se a nível internacional e para garantir a manutenção de um império colonial. A defesa das colónias, acossadas por forças alemãs desde que o conflito começou, em 1914, tornou-se uma prioridade. Durante a conflagração, as tropas portuguesas lutaram em três frentes: na Europa (França); no Atlântico; e em África. Este livro descreve como a mais importante revista ilustrada portuguesa da época de I Guerra Mundial (1914-1918), a Ilustração Portuguesa, narrou a confrontação em curso, focalizando, em particular, o recurso às imagens. Concluindo-se que ao viés da cobertura se centrou quer na valorização da oportunidade que a Grande Guerra constituiria para despertar a nação e renová-la, quer na glorificação do soldado português, que combateria, à luz do direito internacional, contra o “militarismo” agressivo e expansionista da Alemanha e pela “liberdade” dos países e dos povos. A descrição da frente de batalha colonial contribuiu, ainda, para a justificação e para a legitimação do colonialismo."