quinta-feira, 27 de novembro de 2014

"Despeço-me com amizade até ao próximo programa"


Sousa Veloso
(1926 - 2014)

Colóquio " 1.º Centenário da Grande Guerra"

Numa iniciativa conjunta do NE25A e CFFH, realizou-se ontem o colóquio "1.º Centenário da Grande Guerra". 


Neste colóquio, que contou com a participação de José Cordeiro (UM), Artur Leite (Fafe) e Gil Santos (ESCT), com a moderação de Alberto Lameiras (AEFH), foram apresentados os principais traços identificativos do fenómeno da 1.ª Guerra Mundial, a cargo de José Manuel Cordeiro (com especial ênfase para as consequências para Portugal da sua participação na Guerra), bem como a participação de soldados vimaranenses e fafenses em alguns dos principais episódios da mesma ( alocução a cargo de Artur Leite). O colóquio terminou com a apresentação das principais ideias presentes no livro "De Chaves a Copenhaga -  a saga de um combatente", da responsabilidade de Gil Santos.


A todos os intervenientes o NE25A endereça os mais sinceros parabéns, pela participação neste colóquio.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Evocação do 25 de Novembro de 1975





Segundo alguns tratou-se da confirmação dos verdadeiros ideais da Revolução de Abril; para outros, o fim da Revolução e do Poder Popular. Ainda hoje não há certezas sobre o que foi, como foi e quem teve a prioridade nas operações do 25 de Novembro (ver para tal alguns dos livros que já aconselhamos em particular os dos coronéis Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho e Sousa Castro).


Faz hoje 39 anos que nove oficiais do Movimento das Forças Armadas (MFA), criaram um documento a exigir a criação de uma Democracia pluralista ( por oposição a uma corrente favorável à criação da chamada Democracia Popular). Este documento que ficou conhecido por "Documento dos Nove" (subscrito por Vasco Lourenço, Melo Antunes, Vítor Crespo, Vítor Alves, Franco Charais, Pezarat Correia, Canto e Castro, Costa Neves e Sousa e Castro), teve o apoio de alguns dos principais partidos políticos da altura ( PS,PSD,CDS) e a oposição de forças de esquerda particularmente ligadas a Vasco Gonçalves e a Otelo Saraiva de Carvalho. O ambiente de tensão que se viveu em Portugal durante todo o Verão de 1975 ( Verão Quente), propiciou as condições para que militares radicais ocupassem bases de para-quedistas, levando à resposta das forças militares controladas pelo Grupo dos Nove.

 Nesta fase de resposta militar avultam os nomes de Costa Gomes ( Presidente da República que emite a declaração de estado de sitio para a região de Lisboa), Vasco Lourenço ( enquanto elemento de ligação da Coordenadora do MFA a Costa Gomes - ), Jaime Neves ( Comandante do Regimento de Comandos da Amadora) e o Tenente Coronel Ramalho Eanes ( coordenador das forças do Grupo dos 9 e futuro Presidente da República). Também aqui, Salgueiro Maia saiu com os seus blindados da EPC de Santarém para Lisboa apoiando as posições do Grupo dos Nove.

Segundo muitos é nesta data que termina o PREC ( Processo Revolucionário em Curso).

domingo, 23 de novembro de 2014

Leituras em dia.. "De Abril à Troika"

"Como a democracia transformou o país e como o país moldou a democracia. 
No estilo simples, analítico e crítico que lhe é particular, Joaquim Vieira, jornalista de renome e com larga experiência em ensaio de divulgação histórica, faz o retrato dos 40 anos de democracia em Portugal: começando no momento eufórico da revolução e na conturbada consolidação democrática; passando pela euforia de adesão à União Europeia e pelo acelerado desenvolvimento; terminando na célebre intervenção da Troika no país, momento definidor (e arrasador) para uma ou mais gerações.
Da euforia à depressão, o país viveu nestes 40 anos alguns dos momentos mais importantes da sua História. Desalentado, no limiar da sobrevivência, o país precisa agora de se reinventar. 
Um documento fundamental para a História contemporânea de Portugal."

A não perder!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A opinião de Santana Castilho

" O lodaçal



Contrariamente ao discurso das maiorias, nacional e europeia, o nosso problema não é o excesso de Estado, mas o seu constante e progressivo aniquilamento.
 Em sentido figurado, um lodaçal é um ambiente de vida desregrada, um lugar aviltante. Literalmente, o vocábulo expressa um lugar onde há muito lodo, um atoleiro. O escândalo BES, com responsáveis evidentes e nenhum preso, o roubo legal de milhares de milhões de dólares operado pelo Luxemburgo às economias dos países europeus e a recente hecatombe que se abateu sobre o Governo e as cúpulas da administração pública portuguesa mostram que é lá, num lodaçal, que vivemos.

Estes três escândalos, de tantos que tornam desesperada a vida cívica, têm uma génese: a desagregação do Estado, com a consequente anulação do seu poder fiscalizador e regulador sobre o mundo financeiro. Contrariamente ao discurso das maiorias, nacional e europeia, o nosso problema não é o excesso de Estado, mas o seu constante e progressivo aniquilamento. O nosso problema consiste em encontrar meios políticos para devolver ao Estado instrumentos de fiscalização e regulação que protejam o interesse geral.
O meritório trabalho do International Consortium of Investigative Journalists expôs uma dimensão magna de um roubo legal, que permitiu a cerca de 340 empresas internacionais, assistidas fiscalmente por uma só, de consultoria financeira, a PricewaterhouseCoopers, pagarem apenas cerca de 1% de imposto sobre os lucros. Moralmente nojento, quando pensamos na monstruosa carga fiscal que, em nome da crise, asfixia os cidadãos. Repugnante, quando esta degradante evasão fiscal, grosseiramente violadora da lealdade devida entre Estados-membros da União Europeia, foi conduzida sob a responsabilidade de Jean-Claude Juncker, que acaba de assumir a presidência da Comissão Europeia.

Vivemos num lodaçal de ataques aos direitos básicos dos cidadãos, perpetrados por figurões que se dizem, sempre, de bem com a sua consciência de sociopatas, de quebra constante da confiança no Estado, de desespero crescente quanto ao futuro. Porque as leis, iníquas e de complexidade impenetrável, protegem os fortes do mesmo passo que diminuem os apoios sociais e o direito dos mais débeis.
Responsabilidade moral e política são coisas que os dirigentes não conhecem. Mas a falta de decoro é-lhes pródiga. Um episódio pouco divulgado mostra-o com clareza. No dia 11 deste mês, numa audição na Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, a propósito da eleição de Portugal para o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas e respondendo a considerações que vários deputados fizeram sobre o impacto da crise na vida dos portugueses, o ministro Rui Machete afirmou que os direitos fundamentais sociais dependem da economia e podem ser restringidos em função dela. Ou seja, em matéria de direitos fundamentais contam nada as aquisições civilizacionais, as convenções internacionais que subscrevemos e a Constituição da República Portuguesa, porque mandam o PIB e os credores internacionais. Rui Machete disse que na ONU "Portugal pautará a sua actuação pelo objetivo da defesa da dignidade da pessoa humana e do carácter individual, universal, indivisível, inalienável e interdependente de todos os direitos humanos, sejam direitos civis, culturais, económicos, políticos ou sociais". Rui Machete afirmou ir defender na ONU os mesmos direitos sociais que, garantiu, podem ser suspensos cá dentro, penalizando as pessoas em pobreza extrema, os idosos e as crianças. Forte lógica, sólida moral.
Importa relembrar, a propósito desta (mais uma) infeliz intervenção pública de Rui Machete, que “os órgãos de soberania não podem, conjunta ou separadamente, suspender o exercício dos direitos, liberdades e garantias, salvo em caso de estado de sítio ou de estado de emergência, declarados na forma prevista na Constituição” (Artigo 19.º, n.º 1, da CRP).
E voltamos ao lodaçal, que explica a abulia generalizada. Novo exemplo: sorrateiramente, avança a municipalização da Educação, metáfora para consagrar nova tragédia, qual seja entregar ao arbítrio das câmaras aderentes um domínio estratégico, que jamais deveria sair da tutela central. Basta reler a história da I República (a descentralização/municipalização da educação foi definida pela primeira vez em decreto de 29 de Março de 1911) para perceber que não é de descentralização municipalista, mas de autonomia, que as escolas e os professores necessitam e que a substituição do monolitismo vigente por vários caciquismos não resolverá um só problema e acrescentará muitos mais e graves.


A pequena dimensão do país, a natureza dos compromissos, legais e éticos, assumidos pelo Estado face a um vastíssimo universo de cidadãos e as economias de escala que as rotinas informáticas permitem, justificam que a gestão da Educação permaneça centralizada. Quanto aos aspectos que ganharão, e são muitos, se aproximarmos a capacidade de decidir ao local onde as coisas acontecem, não deve o poder ser entregue às câmaras, mas aos professores e às escolas. Justifica-o a circunstância de estarmos a falar da gestão pedagógica. Porque quem sabe de pedagogia são os professores."

in: http://santanacastilho.blogspot.pt/

domingo, 16 de novembro de 2014

Dia Internacional da Tolerância


Segue o "link" (imagem) para saberes mais sobre o Dia Internacional da Tolerância.

sábado, 15 de novembro de 2014

Centenário da Grande Guerra... na ESCT




Dos membros do NE25A da Escola Secundária das Taipas, recebemos a noticia de que no âmbito do Centenário da participação de Portugal na I Guerra Mundial, a turma F do 10.º ano do curso científico-humanístico de artes visuais, realizou uma maquete refletindo  o ambiente vivido nas trincheiras na I Grande Guerra.
Este trabalho, realizado com a coordenação da professora Isabel Lima e apoio do professor Lourenço Mendes, permitiu aos alunos uma melhor compreensão sobre contexto histórico, mostrando à comunidade escolar  a realidade vivida pelos soldados da Iª Guerra.

Os nossos parabéns a todos os envolvidos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Faleceu o "Marquês Vermelho"... Fernando Mascarenhas


Fernando Mascarenhas
1945 - 2014

Para saberes mais sobre este vulto da cultura e da oposição portuguesa ao fascismo, segue o "link" (imagem)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Campanha "Um brinquedo e um sorriso"


Dos nossos colegas e amigos do AE de Briteiros, recebemos o pedido de divulgação da campanha  de solidariedade  "Um brinquedo e um sorriso":

" O Natal é por definição e tradição, o espaço da família e por tal, o tempo de todas as nossas crianças. Numa época de continuas limitações a todos os títulos difíceis de suportar, pretendemos colocar mais sorrisos, ouvir mais gargalhadas de alegria de crianças que pretendemos ajudar a terem um Natal mais feliz.
Propomos que entregues na tua Junta de freguesia, ou em qualquer estabelecimento de ensino da área do nosso agrupamento, um brinquedo que possa ser novamente utilizado por crianças que dificilmente a eles terão acesso.
Os donativos serão entregues à Comissão Social Castreja que se encarregará de as distribuir por crianças das diferentes freguesias, de acordo com aquilo que considerar correto.
Pedimos que os brinquedos a entregar, se encontrem em estado digno, de acordo com a dignidade com que todos os seres humanos devem ser tratados.

Obrigado a todos e bom Natal

Votos dos organizadores "

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Dia do Armisticio



O Armistício de 11 de novembro de 1918 assinala o fim das operações militares e consequente rendição da Alemanha perante os Aliados, provocando o fim da Primeira Guerra Mundial.
Durante esta guerra, morreram cerca de 10 milhões de pessoas, sobretudo na Europa, e ficaram inválidas mais 20 milhões. Só a França, que contava então 39,6 milhões de habitantes, perdeu 1,4 milhões de militares e 300.000 civis, ficando ainda com 4.266.000 feridos militares.
O Armistício foi assinado dentro de um vagão-restaurante, em Rethondes, na floresta de Compiègne. O qual teve efeito às 11 horas da manhã — a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês".
Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão.

Após a assinatura do armistício, realizaram-se conversações de paz (Paris), onde são assinados um conjunto de tratados dos quais se destaca o “Tratado de Versalhes” ( para alguns uma das principais causas para a 2ª guerra mundial).


domingo, 9 de novembro de 2014

O fim do Muro de Berlim e o inicio de um novo Mundo




O Muro de Berlim (Berliner Mauer) era uma barreira física construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a "Guerra Fria", que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental.
Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos com as suas alianças (Nato) e a República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético (com o Pacto de Varsóvia ou os países da denominada Cortina de Ferro). Construído a partir da madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar para matar (Ordem 101) os que tentassem escapar, o que provocou a morte a mais de 130 pessoas ( segundo as fontes mais recentes 138 mortos)

Durante a onda revolucionária que varreu o Bloco de Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989 e após manifestações gigantescas como a de Leipzig, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, numa atmosfera de celebração.
Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990.
Para muitos é o fim da “Guerra Fria” e o inicio de uma nova era de paz e segurança; para outros, o inicio das tentativas de hegemonização alemã, sobre a Europa.

Para veres como foi o Muro e o dia da sua queda, sobre o qual se comemora hoje o 25.º aniversário, segue o "link" (imagem do derrube do Muro).

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Lembrar o centenário da Grande Guerra com... "Coldplay"



Da professora Ana Silva (AE Briteiros), recebemos esta proposta para rever a 1.ª Guerra Mundial. 
Música do grupo "Coldplay", imagens da época, para utilizar em contexto de sala de aula e não só.

Segue o "link" (imagem), para acederes ao video.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Leituras em dia com... "País de Abril - Uma antologia"

Com edição da D.Quixote, aconselhamos a leitura do livro de Manuel Alegre " País de Abril".

" Muitos anos antes do 25 de Abril Manuel Alegre escreveu sobre o País de Abril, Maio e os cravos vermelhos.
Nesta antologia há muitos poemas que falam de Abril antes de Abril e de Maio antes de Maio, em Praça da Canção, editada em 1964, e em O Canto e as Armas, de 1967.
Em O Canto e as Armas há, por exemplo,  aqueles quatro versos de «Poemarma» que, decerto, anunciam o primeiro comunicado da Revolução:
Que o poema seja microfone e fale
uma noite destas de repente às três e tal
para que a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente em Portugal."

domingo, 2 de novembro de 2014

Centenário da Grande Guerra... 26 de Novembro


O NE25A e o CFFH realizam no próximo dia 26 de Novembro, um colóquio evocativo do centenário da 1ª Guerra Mundial. Este evento, aberto ao público em geral e não só a professores, realiza-se na Escola Secundária Francisco de Holanda, a partir das 18 horas e 30 minutos e conta com a participação de José Manuel Cordeiro (UM), Gil Santos (ESCT), Artur Leite (Fafe), com a moderação de Alberto Lameiras (ESFH).
Para procederem à  inscrição, vá à página do CFFH (coluna dos favoritos), ou siga o "link" (imagem).