terça-feira, 25 de novembro de 2014

Evocação do 25 de Novembro de 1975





Segundo alguns tratou-se da confirmação dos verdadeiros ideais da Revolução de Abril; para outros, o fim da Revolução e do Poder Popular. Ainda hoje não há certezas sobre o que foi, como foi e quem teve a prioridade nas operações do 25 de Novembro (ver para tal alguns dos livros que já aconselhamos em particular os dos coronéis Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho e Sousa Castro).


Faz hoje 39 anos que nove oficiais do Movimento das Forças Armadas (MFA), criaram um documento a exigir a criação de uma Democracia pluralista ( por oposição a uma corrente favorável à criação da chamada Democracia Popular). Este documento que ficou conhecido por "Documento dos Nove" (subscrito por Vasco Lourenço, Melo Antunes, Vítor Crespo, Vítor Alves, Franco Charais, Pezarat Correia, Canto e Castro, Costa Neves e Sousa e Castro), teve o apoio de alguns dos principais partidos políticos da altura ( PS,PSD,CDS) e a oposição de forças de esquerda particularmente ligadas a Vasco Gonçalves e a Otelo Saraiva de Carvalho. O ambiente de tensão que se viveu em Portugal durante todo o Verão de 1975 ( Verão Quente), propiciou as condições para que militares radicais ocupassem bases de para-quedistas, levando à resposta das forças militares controladas pelo Grupo dos Nove.

 Nesta fase de resposta militar avultam os nomes de Costa Gomes ( Presidente da República que emite a declaração de estado de sitio para a região de Lisboa), Vasco Lourenço ( enquanto elemento de ligação da Coordenadora do MFA a Costa Gomes - ), Jaime Neves ( Comandante do Regimento de Comandos da Amadora) e o Tenente Coronel Ramalho Eanes ( coordenador das forças do Grupo dos 9 e futuro Presidente da República). Também aqui, Salgueiro Maia saiu com os seus blindados da EPC de Santarém para Lisboa apoiando as posições do Grupo dos Nove.

Segundo muitos é nesta data que termina o PREC ( Processo Revolucionário em Curso).

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