Segundo alguns tratou-se da confirmação dos verdadeiros ideais da
Revolução de Abril; para outros, o fim da Revolução e do Poder Popular. Ainda
hoje não há certezas sobre o que foi, como foi e quem teve a prioridade nas
operações do 25 de
Novembro (ver para tal alguns dos livros que já aconselhamos
em particular os dos coronéis Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho e Sousa Castro).
Faz hoje 39 anos que nove oficiais do Movimento das Forças Armadas (MFA), criaram um
documento a exigir a criação de uma Democracia pluralista ( por oposição a uma
corrente favorável à criação da chamada Democracia Popular). Este documento que
ficou conhecido por "Documento
dos Nove" (subscrito por Vasco Lourenço, Melo Antunes, Vítor Crespo, Vítor Alves, Franco Charais, Pezarat Correia, Canto e Castro, Costa Neves e Sousa e
Castro), teve o apoio de alguns dos principais partidos políticos da altura (
PS,PSD,CDS) e a oposição de forças de esquerda particularmente ligadas a Vasco
Gonçalves e a Otelo Saraiva de Carvalho. O ambiente de tensão que se viveu em
Portugal durante todo o Verão de 1975 ( Verão Quente), propiciou as condições para que
militares radicais ocupassem bases de para-quedistas, levando à resposta das
forças militares controladas pelo Grupo dos Nove.
Nesta fase de
resposta militar avultam os nomes de Costa Gomes ( Presidente da República que emite a declaração de
estado de sitio para a região de Lisboa), Vasco Lourenço ( enquanto elemento de ligação da Coordenadora do MFA
a Costa Gomes - ), Jaime Neves ( Comandante do Regimento de Comandos da Amadora) e o Tenente Coronel Ramalho Eanes ( coordenador das forças do Grupo
dos 9 e futuro Presidente da República). Também aqui, Salgueiro Maia saiu com os seus blindados da EPC de Santarém para Lisboa apoiando as posições do Grupo dos Nove.
Segundo muitos é nesta data que termina o PREC ( Processo Revolucionário em Curso).
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