domingo, 28 de junho de 2015

Cidadanias 2015 - Portugal: a Europa e o Mundo


Pelo 4.º ano consecutivo o NE25A, em parceria com o CFFH, organiza o seminário "Cidadanias". Este ano, a 19 de setembro, na Escola Secundária das Taipas, a partir das 09.00h, com as presenças previstas de António Magalhães, António Sampaio da Nóvoa e Manuel Carvalho da Silva, iremos dialogar sobre "Portugal, a Europa e o Mundo".
A moderação estará a cargo de Francisca Abreu e este espaço de diálogo, está aberto à participação  de todos os que gostem de discutir, dialogar e analisar o nosso Portugal.

As inscrições podem ser feitas através do blogue do NE25A (na coluna de novidades descarrega a ficha de inscrição e envia para o e-mail do NE25A), ou na página do CFFH ( http://www.cffh.pt/?m=coloquios_seminarios_workshops).

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quarta-feira, 24 de junho de 2015

887 anos depois.... a Primeira Tarde Portuguesa - S. Mamede

(Batalha de S- Mamede -  pintura de Acácio Lino)

Num dia mais falado pelos feriados municipais de S. João, recordamos aquele que é considerado por muitos, como o acto inicial da nacionalidade portuguesa e que hoje é comemorado no concelho de Guimarães.
José Mattoso considera que a batalha de São Mamede foi o acto fundador da nacionalidade. Esta batalha teve lugar em 24 de Junho de 1128 e resulta do choque de dois contendores que se opunham há muito anos, muito antes de D. Afonso Henriques assumir a chefia desta facção. A tensão entre por um lado a fidalguia do Ribadouro (região entre o Rio Douro e o Rio Minho) cabeça do Condado Portucalense e com forte pendor autonomista, e por outro o partido de D. Teresa, que após a sua união com Fernão Peres de Trava (da principal família galega) mudou a sua posição autonomista para uma mais integracionista no Reino de Leão.
O conflito surgiu em 1120/1121 com a substituição dos fidalgos do Ribaduro  nos postos chave do condado, por Galegos ligados à família Trava. Com o infante a ser educado para governar, é normal que esta fidalguia tenha visto em D. Afonso Henriques o estandarte para a luta armada, cujo prólogo teve lugar em 1127 com o cerco de Guimarães, e que teve o seu momento culminante  em 1128 com a Batalha de São Mamede no lugar de São Redanhas, actualmente Creixomil, onde as forças de Afonso Henriques saíram vitoriosas.
Muitos consideram que este momento é o início da consciência pátria que daria lugar à constituição do reino de Portugal.

domingo, 21 de junho de 2015

Entrega de prémios "Liberdade é... 2015"... a 19 de setembro


Informamos todos os interessados que a entrega dos prémios do concurso "Liberdade é... 2015", efectuar-se-à no dia 19 de Setembro, em horário e local a anunciar oportunamente.


Brevemente mais informações.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Prémio Camões para... Hélia Correia

A escritora portuguesa Hélia Correia é a vencedora do Prémio Camões de 2015.
Hélia Correia nasceu em Lisboa em 1949. Licenciada em Filologia Românica, foi professora do ensino secundário, dedicando-se atualmente à tradução e à escrita. É poetisa, dramaturga e ficcionista. Estreou-se na poesia com O Separar das Águas, em 1981, e O Número dos Vivos, em 1982.
Hélia Correia recebeu o prémio PEN em 2001 e 2013.
Neste regresso à poesia, a escritora prestou homenagem “à sua Grécia” e aos problemas económicos e sociais que está a enfrentar desde o início da crise financeira.
A Casa Eterna (Prémio Máxima de Literatura, 2000), Bastardia (Prémio Máxima de Literatura, 2006) e Adoecer (Prémio da Fundação Inês de Castro, 2010) são alguns títulos da sua bibliografia. No ano passado, venceu  a 23.ª edição do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco com a obra Vinte Degraus e Outros Contos.
A vencedora foi escolhida por unanimidade pelo júri, que reuniu esta quarta-feira no Rio de Janeiro.
Instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, o Prémio Camões é um dos principais prémios de literatura em língua portuguesa. É atribuído o valor de 100 mil euros a um autor “cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da literatura de língua portuguesa em todo o mundo”.


Hélia Correia junta o seu nome aos de Miguel Torga, Vergílio Ferreira, José Saramago, António Lobo Antunes e Sophia de Mello Breyner Andresen, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Alberto da Costa e Silva, Pepetela e Mia Couto 

Roteiros da Liberdade... com o AE Afonso Henriques

 
Alunos do AE Afonso Henriques, sob orientação da professora Ema Nunes, produziram um conjunto de textos relativos à Liberdade intitulados "Roteiros da Liberdade".
São estes textos que hoje publicamos, agradecendo aos alunos e professores envolvidos a partilha.
 
"Para a democracia funcionar é preciso esclarecimento, porque obedecer é muito fácil, mas decidir é muito difícil. Para a mim, Liberdade é conjugar os direitos de todas as pessoas da forma mais justa.
Vanessa Seixas | 8.º D
 
A Liberdade
Para mim, a liberdade é respeitar opiniões diferentes da nossa, é saber aceitar que ninguém é igual a ninguém e todos pensamos de formas distintas. Durante o Estado Novo, Liberdade era uma palavra que não existia. Antes do 25 de Abril de 1974, em Portugal, havia a ditadura e as pessoas não podiam dizer o que pensavam, nem se podiam manifestar perante o que sentiam em relação à política… Existiam instituições, como a PIDE, que proibiam e penalizavam as pessoas que não tinham as mesmas opiniões que o Governo.
Hoje em dia, também há exemplos de falta de liberdade e, às vezes, deparámo-‑nos com casos de violência doméstica, “bullyng” e outro tipo de coisas, que vemos na televisão e que nos deixam a pensar a que ponto é que algumas pessoas chegam para invadir assim a liberdade do outro! Liberdade também significa paz, paz consigo próprio e com os outros. Julgo que esses casos de violência têm que ser denunciados e as pessoas que os praticam, como as que sofrem disso, têm que ser ajudados a perceber o que é liberdade e executá-la. E não nos devemos esquecer nunca de que “A minha liberdade acaba quando começa a do outro.”
Francisca Silva | 8.º D      
 O que é, para mim, a liberdade?
LIBERDADE é um dos melhores prazeres da vida, por isso, valorizo as homenagens e festejos do dia 25 de abril. Imagino o sofrimento, desespero e tristeza das pessoas que não eram livres, mas amordaçadas pela censura e injustamente presas por exprimirem as suas opiniões e ideologias.
A querida Prof.ª Armanda Gomes, especializada na área de História e que integra o Núcleo de Estudos 25 de Abril, levou-nos, numa visita guiada à Biblioteca, a esse Tempo, através do projeto “Roteiros de Liberdade”. Mostrou-nos cartazes e notícias, daquele período de sofrimento, “cortadas” com o lápis azul.
Gostaria de ter presenciado esse mítico DIA, e estou atenta a reportagens e filmes sobre o que aconteceu em Abril de 1974, em que a alegria era a Palavra primordial. Ouço “Grândola, Vila Morena” – a canção-senha: transmite-me garra, paixão, espírito crítico, dedicação, orgulho e, sobretudo, a ideia do que é ser livre. Admiro os que foram corajosos e enfrentaram a terrível Ditadura.
Sou muito feliz, e isso também se deve muito àquele DIA. Hoje, os portugueses estão contentes e sentem-se como “pássaros” em liberdade.
Francisca Baptista | 8.º D
Liberdade
Para mim, LIBERDADE é uma forma de viver. Existem vários tipos de liberdade: de expressão, religiosa, de escolha, etc. Mas a única que nunca foi censurada nem roubada foi a liberdade de pensamento. Essa é a que ninguém nos pode tirar, porque é dela que nós somos feitos e de qual se formam as outras liberdades.
Em Portugal, as pessoas nem sempre foram livres, nem sempre puderam dizer o que pensavam, nem sempre se puderam expressar de forma diferente à dos governantes.
Vi uma exposição sobre a liberdade, em Portugal, e sobre o 25 de Abril que se chamava “Roteiros da liberdade” e cheguei à conclusão de que o caminho da liberdade é um caminho de luta.
Para acabar com o regime ditatorial, no dia 25 de abril de 1974, foi preciso um grande período de mais de quarenta anos de luta, de resistência e de força. Durante aquele tempo, muita gente foi presa por contrariar ou não pensar da mesma forma que o Governo.
Felizmente, houve um dia em que as pessoas se revoltaram para ter um futuro melhor. Hoje, temos de nos lembrar que liberdade exige responsabilidade, respeito e tolerância.
João Belmiro Martins | 8. º D                                                                                                   
O que é, para mim, a Liberdade
Existem vários tipos de liberdade: de expressão, de pensamento, de sentimentos, para falar, agir, andar… É preciso liberdade para, praticamente, tudo.                                      Antes do dia 25 de Abril de 1974, em Portugal, todos eram controlados pelo ditador Salazar. Não podiam falar “mal” sobre ele, senão seriam logo castigados. Os portugueses, fartos de estarem “presos”, revoltaram-se nessa data memorável, onde algumas pessoas morreram, mas não em vão, porque conseguimos o tesouro da Liberdade.                         
Devíamos debater mais sobre a Liberdade de sentimentos, porque as mulheres que gostam de mulheres e os homens que gostam de homens não podem demonstrar os seus sentimentos, devido ao medo de serem julgados, de não serem considerados “normais”, de serem excluídos. Imagine-se o que seria viver a vida inteira a ser julgado pela pessoa que é.  
Existe a Liberdade de pensamento, mas, por vezes, parece que todos têm que pensar a mesma coisa, o que é mau, porque cada pessoa é única. Se todas pensarem a mesma coisa, o que é que fará delas únicas?!                                                                             Penso que com a quantidade de guerras e batalhas que já houve para defender a Liberdade, em todo o mundo, é notório o facto de ainda pouco se ter mudado. As pessoas têm tanto medo de ser quem são, que o esforço que dedicaram na palavra “Liberdade”, parece que foi em vão…
 
Fabiana Dias | 8.º D
 
“Com ABRIL aprendemos a sorrir”
 
Com ABRIL um sorriso nasceu,
Nos rostos da amargura,
Na voz que não se ouvia,
No silêncio que se estabelecia,
E que os cravos quebraram,
Num tão grande dia.
 
Dia em que o Povo disse
Ditadura, NÃO! Venha a DEMOCRACIA!
E um sorriso se ergueu nos rostos,
Como se fosse magia.
ABRIL é muito mais que liberdade,
Abril é felicidade,
Abril fez-nos emergir da escuridão
No dia 25, que jamais passará em vão.
 
 
Diogo Sá | 7. º B
 
 

domingo, 14 de junho de 2015

Uma homenagem a Nelson Mandela

Homenagear Nelson Mandela, através da leitura e análise do livro de António Mateus, Mandela: O rebelde exemplar", foi o propósito do Daniel Rodrigues Macedo, da turma C, do 8º ano, da EB 2/3 de Briteiros.
Segundo o Daniel Macedo e passamos a citar "...o livro, como todos sabem, é baseado numa história verídica bem especial, apelativa e exemplar. Mandela deixou-nos um modelo de vida, talvez perfeito, para aprendermos a encarar a nossa. Ainda há milhões de pessoas que vivem na pobreza, sem direitos, muitas vezes só com obrigações. Por muito que enfrentemos as agruras da vida, ninguém imagina a dor e o sofrimento em ter de se contentar com quase nada. Além disso, a fome, a guerra e o racismo são alguns dos pontos débeis da sociedade atual. Pena é que, apesar dos diversos apelos que se fazem e de chegarem ao nosso conhecimento tantos exemplos destas questões, se continuem a ignorar e a não pensar que estes problemas abalam verdadeiramente as pessoas. Daqui eu mencionar, desde já, a minha admiração por um homem que encarou e lutou com força de vontade a defesa dos direitos humanos. Posso mesmo salientar que houve vários paradigmas da vida deste líder que me marcaram mais: a riqueza funciona como um íman e a pobreza como um repelente. Além disso, a pobreza faz-nos descobrir a verdadeira generosidade pois ensina-nos a respeitar e a atravessar o futuro com outra perspetiva.
     Quantas vezes procuramos resolver os problemas e atingir os objetivos com mentiras e sem qualquer esforço, sendo a solução aparentemente imediata e mais fácil?     
     Apesar de ser muito jovem, penso que, ao guiarmos a nossa existência por este caminho, tudo fica sem sentido e a vida pode revelar-se uma armadilha a longo prazo.
    Se formos pela seriedade e tivermos espírito de sacrifício e determinação, a direção que traçamos pode tornar-se penosa e demorada na produção de “frutos”, mas assim são os degraus mais sólidos de um caminho com objetivos exigentes. Este foi o padrão da vida de Mandela – a persistência e a coragem de enfrentar e, sobretudo, não se deixar silenciar por aqueles que dominavam."

Ao Daniel Rodrigues Macedo e à professora Ana Cristina Pereira, o NE25A agradece o envio do trabalho.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

30 anos após... adesão de Portugal à CEE


Celebram-se hoje os 30 anos da assinatura do Tratado que admitiu Portugal, como membro de pleno direito na   Comunidade Económica Europeia (CEE)
Este tratado, assinado a 12 de junho de 1985, no MOsteiro dos Jerónimos e verificou-se numa conjuntura de grandes mudanças estruturais dentro da própria organização europeia facto que várias vezes conduziu a um atraso das negociações da adesão.
De facto, o pedido de adesão havia sido formalmente aceite a 28 de março de 1977, tendo apenas sido aprovado a 29 de março de 1985, depois de muita pressão do governo do Bloco Central. O tempo de apreciação foi de oito anos e um dia, período durante o qual a CEE se foi certificando da credibilidade e solidez do novo sistema político, concedendo ao mesmo tempo algumas ajudas monetárias ao abrigo dos acordos anteriores.
As questões postas durante o tempo das negociações centraram-se na agricultura, nas pescas e na indústria portuguesa, bem como na necessidade de Portugal não se tornar num contribuinte líquido do orçamento comunitário, numa primeira fase.
O texto assinado impunha uma fase transitória de acordo com as liberdades a serem instituídas no espaço europeu - pessoas, bens e capitais. Assim, a liberdade de trabalhadores só entrou em vigor a partir de 1993, enquanto a liberdade de estabelecimento teve efeito imediato, o que apenas era vantajoso para os países ricos. Quanto à circulação de bens, o limite estabelecido foi também janeiro de 1993, de forma que Portugal tivesse tempo de suprimir os direitos aduaneiros para passar a reger-se pela Pauta Exterior Comum. No que concerne à liberdade de circulação de capitais, Portugal mostrou-se mais conservador, tentando proteger as empresas nacionais do domínio europeu, beneficiando para tal de algumas anulações. O mesmo tipo de política protecionista foi aplicado a setores-chave como os têxteis e a agricultura, onde a evolução foi feita lentamente de forma a permitir uma remodelação (ou reconversão) do sistema agrícola. Relativamente aos tributos, Portugal não conseguiu deixar de vir a tornar-se num contribuinte líquido, apesar de ter conseguido a devolução parcial do IVA até 1991. Por outro lado, Portugal beneficiou de um sistema de ajudas monetárias que visa apoiar o desenvolvimento do país e a sua real integração no conjunto europeu.


quarta-feira, 10 de junho de 2015

10 de Junho de 2015... o nosso dia!




Dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas

terça-feira, 9 de junho de 2015

Congresso Internacional "A Crise Revolucionária de 1975. Estudos transversais".


Para mais informações segue o "link" (imagem)

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Livre com um Livro 2015... o filme!


A partir de hoje podes ver a actuação de alunos dos Agrupamentos de escolas de Briteiros, Taipas, Arqueólogo Mário Cardoso, Afonso Henriques, Francisco de Holanda, Virgínia Moura e Escola secundária das Taipas, no passado dia 19 de Abril, na "Black Box" da Plataforma das Artes (Guimarães). 
Para este espectáculo de leitura encenadas, o NE25A contou também com a encenação do "Teatro do Ferro" e o apoio do serviço educativo do CCVF.

Para veres o filme, segue o "link" (imagem), ou acede ao canal do NE25A no "Youtube".

O NE25A agradece à professora Manuela Paredes a cedência das filmagens.


terça-feira, 2 de junho de 2015

Liberdade é... 2015 - Os Premiados

Procedemos hoje à publicação de todos os trabalhos premiados (8). 
Brevemente informaremos sobre o dia, hora e local, onde iremos proceder à entrega dos prémios aos respectivos autores.









segunda-feira, 1 de junho de 2015

Comemoramos o 1 de junho com... "Os meninos da Jamba"

O que há de melhor do que comemorar este dia com um livro.
Esta é a proposta de Nuno Daniel Gonçalves Almeida, aluno do 8.º C, da EB 2/3 de Briteiros, que nos propõe a leitura do livro " Os meninos da Jamba", de Conceição Queiroz.

Segundo o Nuno Almeida e passamos a citar "Embora o livro que vos venho apresentar tenha sido lançado em 2008, a realidade aqui abordada, não está ultrapassada. Por este motivo, as palavras que fazem parte do mesmo, não surgem como um mistério ou como uma narrativa que foi criada com o brilho e o enigma que a maior parte dos livros contém.
       Este é um livro que nos fala da fome, um problema vivido por milhares de pessoas naquela que foi uma das regiões mais castigadas pela guerra civil, a Jamba Mineira, uma região do sul de Angola.
     O livro retrata histórias de esperança e “nasceu” de uma jornalista. Durante essa reportagem, Conceição Queiroz, a jornalista e autora, viveu os dramas dos habitantes da referida região: a falta de recursos, as doenças de que padeciam e as más condições de vida às quais a jornalista não conseguiu ser indiferente.
     De regresso a Portugal, Conceição Queiroz conseguiu reunir bens alimentares, medicamentos e uma ambulância para enviar para a Jamba Mineira.
Com este livro aprendi que devemos valorizar o que os nossos pais fazem por nós e tudo o que nos oferecem. Lembro aquilo a que estamos habituados e que faz parte do nosso dia a dia, como é o exemplo das refeições que fazemos e que parecem confluir como sendo tão natural que não pensamos em mais nada. Na verdade, ainda há muitas crianças e jovens que, se tivessem oportunidade, tudo fariam por um prato de sopa ou por um pão, algo que acalentasse o estômago durante algumas horas.
      Todos apreciamos dormir na nossa cama com cobertores quentinhos, naqueles dias em que faz mais frio. Os meninos da Jamba, nesses dias, dormem uns em cima dos outros, cobertos por tecidos velhos e mantas rasgadas.
      Todos gostamos de ter brinquedos novos, jogar com a bola nova que os nossos pais nos ofereceram ou jogar computador. Estes meninos jogam com uma bola feita de trapos, inventam jogos com papéis, cartões ou tecidos que encontram no chão.
       Esta é a sua triste realidade…
      “Mamã, tenho fome!” Esta continua a ser, ainda hoje, uma das frases mais escutadas na Jamba Mineira.
       Agora sei que aquilo mais me impressionou, quando li este livro, foi a falta de comida e de condições médicas.
       Hoje percebo que, quando digo, “mãe, tenho fome”, sei que não é fome.
      Sinto-me triste com a realidade destes meninos, todavia tenho esperança de que um dia algo vai mudar para melhor, porque todos temos o direito de sermos felizes e viver outras histórias, aquelas que dispensam palavras."

Ao Nuno Almeida e à professora Ana Cristina Pereira, o NE25A agradece o envio do trabalho.