segunda-feira, 1 de junho de 2015

Comemoramos o 1 de junho com... "Os meninos da Jamba"

O que há de melhor do que comemorar este dia com um livro.
Esta é a proposta de Nuno Daniel Gonçalves Almeida, aluno do 8.º C, da EB 2/3 de Briteiros, que nos propõe a leitura do livro " Os meninos da Jamba", de Conceição Queiroz.

Segundo o Nuno Almeida e passamos a citar "Embora o livro que vos venho apresentar tenha sido lançado em 2008, a realidade aqui abordada, não está ultrapassada. Por este motivo, as palavras que fazem parte do mesmo, não surgem como um mistério ou como uma narrativa que foi criada com o brilho e o enigma que a maior parte dos livros contém.
       Este é um livro que nos fala da fome, um problema vivido por milhares de pessoas naquela que foi uma das regiões mais castigadas pela guerra civil, a Jamba Mineira, uma região do sul de Angola.
     O livro retrata histórias de esperança e “nasceu” de uma jornalista. Durante essa reportagem, Conceição Queiroz, a jornalista e autora, viveu os dramas dos habitantes da referida região: a falta de recursos, as doenças de que padeciam e as más condições de vida às quais a jornalista não conseguiu ser indiferente.
     De regresso a Portugal, Conceição Queiroz conseguiu reunir bens alimentares, medicamentos e uma ambulância para enviar para a Jamba Mineira.
Com este livro aprendi que devemos valorizar o que os nossos pais fazem por nós e tudo o que nos oferecem. Lembro aquilo a que estamos habituados e que faz parte do nosso dia a dia, como é o exemplo das refeições que fazemos e que parecem confluir como sendo tão natural que não pensamos em mais nada. Na verdade, ainda há muitas crianças e jovens que, se tivessem oportunidade, tudo fariam por um prato de sopa ou por um pão, algo que acalentasse o estômago durante algumas horas.
      Todos apreciamos dormir na nossa cama com cobertores quentinhos, naqueles dias em que faz mais frio. Os meninos da Jamba, nesses dias, dormem uns em cima dos outros, cobertos por tecidos velhos e mantas rasgadas.
      Todos gostamos de ter brinquedos novos, jogar com a bola nova que os nossos pais nos ofereceram ou jogar computador. Estes meninos jogam com uma bola feita de trapos, inventam jogos com papéis, cartões ou tecidos que encontram no chão.
       Esta é a sua triste realidade…
      “Mamã, tenho fome!” Esta continua a ser, ainda hoje, uma das frases mais escutadas na Jamba Mineira.
       Agora sei que aquilo mais me impressionou, quando li este livro, foi a falta de comida e de condições médicas.
       Hoje percebo que, quando digo, “mãe, tenho fome”, sei que não é fome.
      Sinto-me triste com a realidade destes meninos, todavia tenho esperança de que um dia algo vai mudar para melhor, porque todos temos o direito de sermos felizes e viver outras histórias, aquelas que dispensam palavras."

Ao Nuno Almeida e à professora Ana Cristina Pereira, o NE25A agradece o envio do trabalho.

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