quarta-feira, 17 de junho de 2015

Roteiros da Liberdade... com o AE Afonso Henriques

 
Alunos do AE Afonso Henriques, sob orientação da professora Ema Nunes, produziram um conjunto de textos relativos à Liberdade intitulados "Roteiros da Liberdade".
São estes textos que hoje publicamos, agradecendo aos alunos e professores envolvidos a partilha.
 
"Para a democracia funcionar é preciso esclarecimento, porque obedecer é muito fácil, mas decidir é muito difícil. Para a mim, Liberdade é conjugar os direitos de todas as pessoas da forma mais justa.
Vanessa Seixas | 8.º D
 
A Liberdade
Para mim, a liberdade é respeitar opiniões diferentes da nossa, é saber aceitar que ninguém é igual a ninguém e todos pensamos de formas distintas. Durante o Estado Novo, Liberdade era uma palavra que não existia. Antes do 25 de Abril de 1974, em Portugal, havia a ditadura e as pessoas não podiam dizer o que pensavam, nem se podiam manifestar perante o que sentiam em relação à política… Existiam instituições, como a PIDE, que proibiam e penalizavam as pessoas que não tinham as mesmas opiniões que o Governo.
Hoje em dia, também há exemplos de falta de liberdade e, às vezes, deparámo-‑nos com casos de violência doméstica, “bullyng” e outro tipo de coisas, que vemos na televisão e que nos deixam a pensar a que ponto é que algumas pessoas chegam para invadir assim a liberdade do outro! Liberdade também significa paz, paz consigo próprio e com os outros. Julgo que esses casos de violência têm que ser denunciados e as pessoas que os praticam, como as que sofrem disso, têm que ser ajudados a perceber o que é liberdade e executá-la. E não nos devemos esquecer nunca de que “A minha liberdade acaba quando começa a do outro.”
Francisca Silva | 8.º D      
 O que é, para mim, a liberdade?
LIBERDADE é um dos melhores prazeres da vida, por isso, valorizo as homenagens e festejos do dia 25 de abril. Imagino o sofrimento, desespero e tristeza das pessoas que não eram livres, mas amordaçadas pela censura e injustamente presas por exprimirem as suas opiniões e ideologias.
A querida Prof.ª Armanda Gomes, especializada na área de História e que integra o Núcleo de Estudos 25 de Abril, levou-nos, numa visita guiada à Biblioteca, a esse Tempo, através do projeto “Roteiros de Liberdade”. Mostrou-nos cartazes e notícias, daquele período de sofrimento, “cortadas” com o lápis azul.
Gostaria de ter presenciado esse mítico DIA, e estou atenta a reportagens e filmes sobre o que aconteceu em Abril de 1974, em que a alegria era a Palavra primordial. Ouço “Grândola, Vila Morena” – a canção-senha: transmite-me garra, paixão, espírito crítico, dedicação, orgulho e, sobretudo, a ideia do que é ser livre. Admiro os que foram corajosos e enfrentaram a terrível Ditadura.
Sou muito feliz, e isso também se deve muito àquele DIA. Hoje, os portugueses estão contentes e sentem-se como “pássaros” em liberdade.
Francisca Baptista | 8.º D
Liberdade
Para mim, LIBERDADE é uma forma de viver. Existem vários tipos de liberdade: de expressão, religiosa, de escolha, etc. Mas a única que nunca foi censurada nem roubada foi a liberdade de pensamento. Essa é a que ninguém nos pode tirar, porque é dela que nós somos feitos e de qual se formam as outras liberdades.
Em Portugal, as pessoas nem sempre foram livres, nem sempre puderam dizer o que pensavam, nem sempre se puderam expressar de forma diferente à dos governantes.
Vi uma exposição sobre a liberdade, em Portugal, e sobre o 25 de Abril que se chamava “Roteiros da liberdade” e cheguei à conclusão de que o caminho da liberdade é um caminho de luta.
Para acabar com o regime ditatorial, no dia 25 de abril de 1974, foi preciso um grande período de mais de quarenta anos de luta, de resistência e de força. Durante aquele tempo, muita gente foi presa por contrariar ou não pensar da mesma forma que o Governo.
Felizmente, houve um dia em que as pessoas se revoltaram para ter um futuro melhor. Hoje, temos de nos lembrar que liberdade exige responsabilidade, respeito e tolerância.
João Belmiro Martins | 8. º D                                                                                                   
O que é, para mim, a Liberdade
Existem vários tipos de liberdade: de expressão, de pensamento, de sentimentos, para falar, agir, andar… É preciso liberdade para, praticamente, tudo.                                      Antes do dia 25 de Abril de 1974, em Portugal, todos eram controlados pelo ditador Salazar. Não podiam falar “mal” sobre ele, senão seriam logo castigados. Os portugueses, fartos de estarem “presos”, revoltaram-se nessa data memorável, onde algumas pessoas morreram, mas não em vão, porque conseguimos o tesouro da Liberdade.                         
Devíamos debater mais sobre a Liberdade de sentimentos, porque as mulheres que gostam de mulheres e os homens que gostam de homens não podem demonstrar os seus sentimentos, devido ao medo de serem julgados, de não serem considerados “normais”, de serem excluídos. Imagine-se o que seria viver a vida inteira a ser julgado pela pessoa que é.  
Existe a Liberdade de pensamento, mas, por vezes, parece que todos têm que pensar a mesma coisa, o que é mau, porque cada pessoa é única. Se todas pensarem a mesma coisa, o que é que fará delas únicas?!                                                                             Penso que com a quantidade de guerras e batalhas que já houve para defender a Liberdade, em todo o mundo, é notório o facto de ainda pouco se ter mudado. As pessoas têm tanto medo de ser quem são, que o esforço que dedicaram na palavra “Liberdade”, parece que foi em vão…
 
Fabiana Dias | 8.º D
 
“Com ABRIL aprendemos a sorrir”
 
Com ABRIL um sorriso nasceu,
Nos rostos da amargura,
Na voz que não se ouvia,
No silêncio que se estabelecia,
E que os cravos quebraram,
Num tão grande dia.
 
Dia em que o Povo disse
Ditadura, NÃO! Venha a DEMOCRACIA!
E um sorriso se ergueu nos rostos,
Como se fosse magia.
ABRIL é muito mais que liberdade,
Abril é felicidade,
Abril fez-nos emergir da escuridão
No dia 25, que jamais passará em vão.
 
 
Diogo Sá | 7. º B
 
 

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