quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dia Mundial Contra O Racismo!


Neste Dia Mundial contra o Racismo e porque este não pode ser só falado a nível de raças, mas também ao nível do pensamento, das artes, da cultura e da religião, publicamos a seguinte informação ( produzida pela Professora Ana Cristina Pereira da EB 2/3 de Briteiros), sobre a actriz iraniana Marzieh Vafamehr .
Para pensarmos e comentarmos
:

"A atriz iraniana Marzieh Vafamehr foi condenada a 90 chibatadas e um ano de prisão pelo seu papel no filme australiano “My Tehran for Sale”. Em causa está o papel controverso da atriz, que explora a vida e os direitos femininos no Irão.Detida em Julho, a atriz iraniana Marzieh Vafamehr espera agora uma pena de prisão de um ano e 90 chibatadas pelo seu papel no filme australiano “My Tehran for Sale”. Realizado por Granaz Moussavi, uma iraniana emigrada na Austrália, o filme retrata a vida das mulheres no Irão e, apesar de ter percorrido inúmeros festivais de cinema, foi banido naquele país.

“My Tehran for Sale” é um retrato da juventude do Teerão e do seu consumo de cultura ocidental, pelo que Vafamehr representa uma atriz que tenta fugir do seu país para conseguir exercer a sua profissão. Em algumas cenas, chega a surgir de cabeça destapada, sem véu e com o cabelo rapado, fatores que contribuíram para a sentença do governo iraniano. O filme aborda a opressão cultural sofrida pela sociedade iraniana e certos tabus, como drogas. Marzie aguarda um novo pronunciar da justiça num ex-galinheiro que foi transformado em prisão. Terá sido presa em junho, embora somente agora a informação tenha sido divulgada por um site iraniano de oposição ao governo.
Para além da polémica da personagem principal, representada por Marzieh Vafamehr, as autoridades do Irão contestam também que o filme foi gravado ilegalmente em território iraniano. Contudo, a realizadora nega as acusações e já apresentou a documentação em tribunal."

2 comentários:

Anónimo disse...

Nos dias de hoje, na maior parte dos países Ocidentais as mulheres já adquiriram há muitos anos direitos que eram apenas consagrados aos homens, tais como o direito de voto, a liberdade de expressarem livremente o seu pensamento e ideias e mesmo a liberdade de lutarem para conseguirem outros direitos de igualdade ainda não consagrados.
Pensemos nos países muçulmanos onde as mulheres são consideradas inferiores aos homens e não tem direitos nenhuns consagrados. Dependem em tudo da vontade dos pais e, quando casam, dos seus maridos. Também não possuem liberdade para escolher o seu próprio destino, não podem usar as roupas que querem, nem escolher uma profissão que não seja autorizada a mulheres.
A notícia em destaque relata a vida de uma mulher que ousou ser atriz, atrevendo-se a desafiar os costumes e regras da sociedade intolerante em que nasceu. Atreveu-se ainda a mostrar a cabeça rapada, ato totalmente proibido às mulheres que não podem sair à rua sem o véu tradicional destinado a cobrir por completo a cabeça e o rosto. Pois é! Estes costumes quando são violados na cultura do Irão, são punidos severamente.
Na minha opinião a pena aplicada à atriz é totalmente descabida-nenhuma mulher devia ser punida por expressar as suas ideias publicamente. O direito à liberdade de expressão devia ser um direito universal. Todas as mulheres ou homens devem ter direitos iguais, independentemente da sua religião ou regime politico.
Ana Pereira- n º 1- 9º D

Anónimo disse...

Na minha opinião, estas situações são lamentáveis, frustrantes e violam os Direitos Humanos, mais concretamente os Direitos das Mulheres. Infelizmente, esta atriz não é a única a ser condenada pela sua sociedade, contudo é um exemplo de coragem e de luta para a libertação da cultura extremista oriental, que não deveria ser condenado. A ONU deveria fazer alguma coisa impedindo a condenação desta atriz que, a meu ver, só quer fazer justiça, tentar libertar um pouco a cultura oriental e mostrar ao mundo, através deste filme, a repressão extrema que se vive no seu país. Todos sabemos que a repressão desenvolve muito descontentamento e protesto, embora estes sejam silenciados pelo medo.
Filipa nº7, 9ºD

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