terça-feira, 23 de setembro de 2014

Leituras em dia... 2 novas propostas

Retomamos hoje a rubrica "Leituras em dia", com duas novas propostas, diametralmente opostas no conteúdo e nas figuras analisadas. 

A 3 de Janeiro de 1960 dez homens, entre eles Álvaro Cunhal, evadiram-se do Forte de Peniche. A fuga, uma das mais importantes e espectaculares do Portugal salazarista, só foi possível graças a um homem, Jorge Alves. Soldado da GNR, Jorge Alves era um homem simples, sem filiação política, mas cansado de um Portugal amordaçado e revoltado com a hierarquia militar à qual pertencia. 
Em "A Porta para a Liberdade", o jornalista Pedro Prostes da Fonseca , numa edição da "Matéria Prima", conta-nos a história do soldado cujo acto mudou a história do Partido Comunista Português (PCP) e, por arrasto, da luta antifascista. O livro revela ainda FACTOS INÉDITOS sobre a evasão do Forte de Peniche



A 2.ª proposta de leitura é o da obra "Marcelo Caetano - Tempos de Transição", com organização de Rui Ramos e Manuel Braga Da Cruz, lançado pela Porto Editora.
O  livro recolhe os depoimentos prestados durante o ciclo de debates, "Tempos de Transição", realizado entre Setembro de 2008 e Janeiro de 2009, em Lisboa.

O objectivo foi suscitar os testemunhos de protagonistas e contemporâneos da governação de Marcelo Caetano entre 1968 e 1974, procurando ser o mais abrangente possível. Assim, foram recolhidos e discutidos depoimentos sobre a personalidade e a intimidade de Marcelo Caetano (Ana Maria Caetano, Pedro Feytor Pinto e Marcelo Rebelo de Sousa), e sobre a vida política da época, especialmente no que diz respeito à Ala Liberal (João Salgueiro, Elmano Alves, José Luís Nogueira de Brito, João Bosco Mota Amaral e Francisco Pinto Balsemão), ao Ultramar (Abdool Karim Vakil, Walter Marques, Abel Couto, José Capela e Fernando Amaro Monteiro) e à diplomacia (Rui Patrício, José Manuel Villas-Boas e Luiz Figueira). Foram registadas ainda as críticas, dissidências e oposições suscitadas pelo Governo de Marcelo Caetano (Zita Seabra, António Reis e José Miguel Júdice).


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