A simbologia do 10 de Junho inicia-se a partir da instauração da República em 5 de Outubro de 1910. Com efeito, e por decreto de 12 de Outubro de 1910, foram estipulados os feriados nacionais entre os quais o 1 de Janeiro, Dia da Fraternidade Universal, o 31 de Janeiro, consagrado aos mártires da República (Revolta do Porto), o 1 de Dezembro, Restauração da Independência e Dia da Bandeira e o 25 de Dezembro, Dia da Família. Por decreto era dada ainda a possibilidade de os municípios e concelhos escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais e municipais. Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões, uma vez que a data é apontada como provável da morte do poeta que escreveu Os Lusíadas. Com o 10 de Junho, os republicanos de Lisboa tentaram evocar a glória das comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia.
O 10 de Junho adquiriu uma nova importância com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direcção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível Nacional. Durante o Estado Novo, o 10 de Junho continuou sendo o Dia de Camões. A partir de 1963, o 10 de Junho tornou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra, do poder colonial e de memória/consagração das vítimas portuguesas da Guerra Colonial, passando a ser conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.
Com uma filosofia completamente distinta, a República Democrática iniciada pela Revolução dos Cravos em Abril de 1974, converteu este dia no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (1978).
Este ano a cidade de Faro foi escolhida como sede das comemorações do Dia de Portugal.
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