O livro "Os Bebés de Auschwitz" -Editora Vogais - relata pela
primeira vez os três únicos casos conhecidos de mulheres grávidas que tiveram
filhos nos campos da morte nazis e que sobreviveram ao Holocausto.
A investigação da jornalista britânica Wendy Holden retrata
a vida de três mulheres, Priska Lowenbeinová e Anka Nathanová, da
Checoslováquia, e Rachel Abramczyk, da Polónia, capturadas grávidas pelos nazis
e enviadas para o complexo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, com os maridos,
que não sobreviveram. As três mulheres, que não se conheciam, foram, como
milhares, interrogadas diretamente por Joseph Mengele, conhecido como "o
anjo da morte" e que selecionava os prisioneiros para experiências
médicas.
O livro relata com detalhe a vida das três mulheres antes da
guerra, os episódios de infância, os casamentos, o momento em que são presas -
com poucos meses de gravidez - e as condições desumanas a que são sujeitas em
Auschwitz e na fábrica de trabalho forçado na Alemanha.
Nenhuma delas conhecia as outras mães tendo sido Eva Clarke,
filha de Anka, residente no Reino Unido depois da guerra quem relatou à
jornalista a existência dos outros dois "bebés de Auschwitz".
"Tem muita relevância contar o que se passou porque
hoje em dia, por todo o mundo as pessoas são perseguidas, assassinadas,
deslocadas à força por causa da vontade de quem manda e da arrogância. Não nos
esqueçamos que a escravidão está presente no nosso mundo atual. A todo o momento
pessoas subjugam outras pessoas só porque pensam que têm o direito de o fazer
e, por isso, nunca é tarde para fazer lembrar que isto é o que pode acontecer",
conclui Wendy Holden.
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