A Biblioteca
Municipal Raul Brandão, em Guimarães, acolhe até ao final do mês de julho uma
exposição que assinala o centenário de vimaranense Virgínia de Moura, nascida a
19 de julho de 1915, conhecida pela sua resistência política ao Estado Novo e
por ter sido a primeira engenheira civil que se formou em Portugal.
A exposição
“Virgínia de Moura - Centenário (1915-2015)”,ou a“Engenheira Comunista”, como também era conhecida, esteve
sempre ligada quando a revolução foi defendida nas grandes conquistas sociais e
nas transformações que vieram a ser consagradas na Constituição da República. Natural
de São Martinho do Conde, era filha de mãe solteira, uma professora primária
que enfrentou situações de injustiça, incluindo da família, pelo facto de ter
sido mãe sem estar casada. Aos 10 anos, entrou no Liceu, em Guimarães, apesar
das dificuldades económicas da mãe. No Porto, conheceu António Lobão Vital, o
seu companheiro, a quem se dedicou toda a vida, tendo contraído matrimónio em
setembro de 1935.
Virgínia de Moura fez ativamente parte do MUNAF, MUD, MND,
Juntas Patrióticas, CDE, integrando sempre os movimentos de candidatura de
Norton de Matos e do General Humberto Delgado. «Em tudo que traduz Abril, ao
menor esforço sinto o braço amigo do companheiro da minha vida e o
revolucionário sempre confiante no nosso 25 de Abril - o camarada Lobão Vital.
A minha mãe foi a Mulher que serenamente nos acompanhou e esperou, sem duvidar,
que o Mundo com que também sonhou na sua juventude, estava próximo», lê-se no
livro “Mulher de Abril: Álbum de memórias”.
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